O presidente Jair Bolsonaro, que n madrugada de hoje deu entrada no Hospital das Forças Armadas em Brasília, com dores abdominais, “está bem” e vai ficar apenas “em observação” após realizar alguns exames, segundo informou o ministro-chefe da Casa Civil do Planalto, Luiz Eduardo Ramos. “Graças a Deus, nosso Presidente está bem”, escreveu Ramos no Twitter. “Agradeço o carinho dos brasileiros e me junto a eles nas frequentes orações por @jairbolsonaro”, completou. O ministro ainda desejou “força” ao mandatário e disse que o Brasil “precisa e muito da sua coragem e liderança”.
Em função dos problemas de saúde, a agenda oficial do presidente foi cancelada e a reunião que estava marcada com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, da Câmara, Arthur Lira, e do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, prevista para hoje, será reagendada. Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República informou que o presidente ficará sob observação por 24 a 48 horas, pro orientação médica, “não necessariamente no hospital”. A secretaria disse ainda que Bolsonaro “está animado e passa bem”. O médico Antônio Luiz Macedo, responsável por operar o presidente em 2018 após a facada, está a caminho de Brasília para examiná-lo. A informação foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pelo cirurgião ao Broadcast Político.
Fontes próximas do presidente afirmaram que ele vinha sofrendo crises de soluço nos últimos dias e que isto aconteceu, publicamente, durante eventos de que participou e nos quais teve de usar a palavra. Se a causa dos soluços e das dores abdominais for uma obstrução intestinal, o presidente poderá vir a ser operado no hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Vazou de fontes ligadas a Bolsonaro a informação de que ele tem estado sob tensão nos últimos dias com o desenrolar dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito instalada no Senado e que apura omissões e irregularidades do governo federal no enfrentamento à pandemia de coronavírus e na aquisição de vacinas para atender a grupos sociais prioritários da população brasileira. Em sucessivas manifestações públicas, Bolsonaro tem procurado desqualificar o trabalho da CPI, atacando parlamentares que a integram e falando em suposta “conspiração” para derrubar o seu governo.