A atriz e youtuber Antônia Fontenelle vai ser investigada pela Polícia Civil da Paraíba por possível crime de preconceito ou discriminação contra paraibanos após comentários xenofóbicos sobre o DJ Ivis, que aparece em vídeos agredindo a ex-mulher Pamela Hollanda e que foi preso pela Polícia de Fortaleza, Ceará, ontem. O delegado Pedro Ivo, da Primeira Delegacia Seccional da Polícia Civil da Paraíba, solicitou a abertura de um inquérito para apurar os fatos, segundo revela o portal G1 PB, que tentou entrar em contato com a assessoria de comunicação de Fontenelle mas não recebeu nenhuma resposta na manhã de hoje.
Os vídeos de agressões contra Pamela foram divulgados por ela nas redes sociais no domingo, 11. No dia seguinte, Fontenelle se posicionou contra as agressões e postou o seguinte texto nas redes redes ao comentar o assunto: “Esses paraíbas fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo. Amanhã vou contatar as autoridades do Ceará para entender porque esse cretino não foi preso”. DJ Ivis, que é paraibano de Santa Rita, na Grande João Pessoa, teve sua prisão anunciada pelo próprio governador do Ceará, Camilo Santana, do PT, em tom de regozijo. Após as declarações de Antônia Fontenelle, cantores, artistas, famosos, blogs e várias páginas de entretenimento criticaram o uso da expressão “paraíba” com cunho negativo. Após as críticas, ela voltou a falar sobre o assunto:
“Esse bando de desocupados aí da máfia digital que não tem nada o que fazer. Se juntaram pra agora me acusar de xenofobia. De novo? Num cola! Já tentaram me acusar de xenofobia (…) Porque eu falei “esses paraíba” quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro acham que podem tudo. ‘Paraíba’ eu me refiro a quem faz ‘paraibada”, pode ser sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. Se fizer paraibada, é uma força de expressão”, disse a atriz, em um vídeo, confundindo mais do que explicando a sua intenção. Segundo Pedro Ivo, as condutas de Fontenelle se amoldam ao tipo penal descrito no art. 20 da Lei número 7716/1989, que define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Com a instauração do inquérito, serão realizadas diligências investigativas, procedimentos periciais e o interrogatório da indicada autora do fato, com o consequente envio do procedimento para o Judiciário. A delegacia tem prazo de 30 dias para concluir o procedimento. O crime é inafiançável e tem pena prevista de 1 a 3 anos de prisão e multa. As declarações de Fontenelle foram repudiadas por vários arrtistas e influenciadores paraibanos, entre eles Juliette Freire, GKay e Chico César. “Não existe “ser Paraíba” e “fazer parabaiada”. Existe ser paraibana/o, o que sou com muito orgulho”, disse Juliette, vencedora do Big Brother Brasil 21.