A vereadora Eliza Virgínia (PP), vice-presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, criticou o projeto de lei do deputado federal Rafael Pereira, “Rafafá”,do PSDB-PB, que propõe prioridade dos casais gays no programa “Casa Verde e Amarela”, do Governo Federal. De acordo com Eliza, ser homossexual não implica em ser vulnerável. “Não podemos dar privilégio a uma pessoa apenas por ela ser gay”, disse a parlamentar. “Rafafá” apresentou a proposta quando exerceu, até recentemente, o mandato titular na Câmara, com a licença requerida pelo deputado Pedro Cunha Lima, de quem é suplente. Em discurso na tribuna, “Rafafá” disse ser o primeiro parlamentar assumidamente gay da história do país.
Eliza Virgínia ressaltou que “Rafafá” já havia votado para que a maconha pudesse ser plantada por qualquer empresa de CNPJ, laboratórios e afins, o que ela considera um absurdo. “Agora, surge com uma proposta que acaba discriminando parcelas da população”. O programa Casa Verde e Amarela é o antigo Minha Casa, Minha Vida, da linha de programas dos governos do Partido dos Trabalhadores. Em tom indignado, Eliza perguntou: “Quantos casais heterossexuais com filhos, na extrema pobreza, também gostariam de ter prioridade? Da forma com que o projeto foi apresentado, o simples fato de ser vulnerável social, ser casado, mas ser gay confere privilégio. Isso fere o princípio da igualdade previsto na Constituição Federal”.