Nonato Guedes
Em entrevistas à imprensa paraibana, ontem, durante programação que cumpriu em João Pessoa e Campina Grande, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pré-candidato à presidência da República, defendeu a discussão sobre um projeto político que possa unificar o País. De acordo com ele, a polarização política que ora se verifica é prejudicial e serve somente para impedir o crescimento do Brasil. “Precisamos de menos ataques às pessoas e mais ataques aos problemas. Não faltam problemas no Brasil para a gente brigar por eles”, declarou o presidenciável.
Ele afirmou que o PSDB tem uma agenda e um propósito para o Brasil e que não se coloca como muro para o País crescer, investindo em um discurso que, ao invés de unificar, age no sentido de promover a separação do povo brasileiro e das políticas de desenvolvimento. Textualmente, o governador gaúcho enfatizou:
– Essa polarização não serve para o Brasil. O Brasil não pode esperar que uma pessoa só resolva os problemas de todo o País. Não podemos estimular essa ideia de idolatrar pessoas. Já experimentamos isso e não funcionou. Defendemos uma cultura de paz, não uma cultura de ódio. Não é próprio do povo brasileiro querer destruir uns aos outros. Uma política do “nós contra eles”. Não podemos nos omitir diante desse cenário. A volta ao passado só vai contribuir para o País permanecer dividido e também não permitir que o Brasil continue do jeito que está.
O governador do Rio Grande do Sul participou de ato político com lideranças do PSDB em João Pessoa e, em Campina Grande, realizou um visita ao Hospital filantrópico da FAP. A sua visita foi confirmada como parte das prévias da legenda, que vão escolher em novembro o nome para a disputa nas eleições de 2022. O governador esteve acompanhado do presidente do partido na Paraíba, o deputado federal Pedro Cunha Lima, do deputado federal Ruy Carneiro e do suplente de deputado Rafafá, além dos deputados estaduais Tovar Correia Lima e Camila Toscano. No ato político em João Pessoa participaram o deputado federal pelo PSL Julian Lemos, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças tucanas no Estado e mais de 200 pessoas que acompanharam o evento de modo remoto.
Na coletiva de imprensa, Eduardo pontuou que, caso seja o escolhido do partido e eleito presidente, não disputará um novo mandato. Ele defendeu que um governo deve ser plural, com a presença de todos os segmentos da sociedade, como forma de não excluir ninguém. “Estou na política não buscando ser, mas fazer a diferença, e o PSDB oferece isso. Eu não disputei a reeleição quando fui prefeito de Pelotas e não tentarei a reeleição ao governo do Rio Grande do Sul. Uma vez na Presidência do Brasil, eu não me candidatarei à reeleição. Acho que essa prática só prejudica as gestões públicas e incentivo que possamos debater esse assunto”. Eduardo Figueiredo Cavalheiro Leite tem 36 anos e é bacharel em Direito. Foi eleito governador do Rio Grande do Sul no segundo turno das eleições de 2018 com 53% dos votos válidos. Anteriormente, foi prefeito de Pelotas, de 2013 a 2017, cidade onde também foi vereador.