Nonato Guedes
O senador Veneziano Vital do Rêgo, presidente do diretório estadual do MDB, assegurou, hoje, em entrevista ao “Correio Debate”, da rádio 98 FM, que vai lutar para que o partido, “pela sua história, tradição e qualidade dos seus quadros”, possa estar representado na chapa majoritária a ser encabeçada pelo governador João Azevêdo (Cidadania) com vistas à sua reeleição. Frisou que o MDB não pode ser visto, na conjuntura estadual, “de forma secundária”, inclusive porque foi protagonista de disputas no cenário de poder da Paraíba e tem o direito de compor a chapa, colocando para exame nomes viáveis. O MDB participa da administração atual com o ex-governador Roberto Paulino como titular da Secretaria de Governo e a mulher de Veneziano, Ana Cláudia Vital do Rêgo, também exerce uma secretaria.
Veneziano reafirmou o seu compromisso de apoio à candidatura de João Azevêdo e lembrou que foi um dos primeiros aliados “do governo” atual a se posicionar nesse sentido. Salientou que respeita opiniões internas defendendo lançamento de candidatura própria ao governo do Estado, a exemplo das que foram emitidas pelo vereador Mikika Leitão, presidente do diretório municipal de João Pessoa, e pelo ex-deputado federal Benjamin Maranhão, sobrinho do ex-governador José Maranhão. “Não serei censor de manifestações legítimas dentro da agremiação, que é reconhecida como democrática. Por isso, defendo que as discussões possibilitem um consenso”, externou Veneziano.
Primeiro vice-presidente do Senado Federal, Veneziano definiu-se como um “colaborador” do governo de João Azevêdo, tanto no âmbito do Congresso Nacional como junto a órgãos que possam demandar solução para pleitos da Paraíba. O ex-deputado Benjamin Maranhão deixou claro que o seu posicionamento em favor de uma candidatura própria não significa restrição pessoal ao governador João Azevêdo, mas uma questão de princípio, em defesa do fortalecimento do MDB e do seu prestigiamento na conjuntura local. Veneziano Vital do Rêgo informou, por outro lado, que até a próxima semana a bancada do MDB no Senado firmará uma posição sobre o retorno das coligações partidárias que foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Ele reafirmou que, pessoalmente, é contrário à volta das coligações, por considerar um retrocesso, mas espera a posição da bancada de 16 senadores que deverá se dar em forma de consenso. Explicou que a decisão deveria ter sido tomada esta semana mas foi adiada em virtude de fatores da agenda nacional.