O senador Veneziano Vital do Rêgo apresentou ao presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, a campanha em defesa da democracia que está sendo feita pelo diretório do MDB da Paraíba. O parlamentar também publicou em seu Instagram imagens dos postos para internet de dos outdoors, com um áudio de Ulysses Guimarães, um dos principais opositores da ditadura militar, que se destacou na Assembleia Nacional Constituinte e em campanhas pela anistia e pela restauração das eleições diretas para presidente da República.
A campanha já circula nas ruas da Paraíba, em inúmeros outdoors espalhados em cidades que vão de João Pessoa a Cajazeiras, além de perfis do MDB e de membros do partido. Ulysses Guimarães foi lembrado pela sua assertiva de que o caminho do partido será sempre pela democracia. “Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Temos ódio e nojo à ditadura”, declarou Ulysses Guimarães. Filho de político perseguido durante o regime militar que vigorou de 1964 a 1985, Veneziano Vital do Rêgo se diz preocupado com “os lampejos autoritários revelados diuturnamente por Jair Bolsonaro”. Por isso, ele tem se valido da sua posição à frente do Congresso, na condição de vice-presidente do Senado, para cobrar respostas mais firmes de parlamentares em relação aos ataques feitos pelo presidente ao regime democrático.
– Nós precisamos mostrar a Bolsonaro que há muito mais gente contra do que a favor de uma ruptura institucional – enfatizou Veneziano Vital do Rêgo em entrevista recentemente à revista “IstoÉ”. Ele igualmente afirmou que o presidente provoca crises políticas como “cortina de fumaça” para tirar o foco dos problemas do País que o governo é incapaz de resolver. Veneziano também criticou a postura do presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL), que vem minimizando as ameaças de golpe promovidas pelo presidente da República. “Esse processo de banalização pode nos levar a um momento em que não seja mais possível reagir. É arriscado desconsiderar essas ameaças à democracia. São investidas que fragilizam as instituições”, expressou o dirigente do Senado.