Nonato Guedes
O deputado estadual Jeová Campos (PSB), atualmente licenciado de suas atividades na ALPB por questões de saúde, criticou a proposta de reforma trabalhista que o governo do presidente Jair Bolsonaro tentou impor e que foi derrotada na Câmara dos Deputados, considerando falso o argumento do mandatário de que seria para possibilitar a geração de empregos. “Esse argumento, que só atende às exigências do mercado financeiro e suprime, cada vez mais, os direitos dos trabalhadores, não se sustenta. O projeto defendido pelo ministro Paulo Guedes e que altera profundamente a CLT, mais uma vez vai retirar direitos dos trabalhadores”, salientou, acrescentando que o interesse do governo é o de vender o que resta de patrimônio do povo brasileiro.
– Começaram pela Petrobras e agora querem privatizar até a água, isto porque, quando se vende o sistema Eletrobras, também se abre espaço para a privatização dos recursos hídricos – argumentou Jeová. Frisou que todas as reformas, a começar pela da Seguridade Social. do Sistema de Previdência e do Sistema de Aposentadoria dos Trabalhadores, foram cruéis com a população brasileira, especialmente com a classe trabalhadora, que teve a postergação de sua aposentadoria através de critérios prorrogativos, tendo dificultado o acesso aos benefícios que estavam assegurados na Constituição Federal de 1988. “A cada dia que passa deste desgoverno, a classe média e os pobres brasileiros diminuem mais a sua participação na riqueza do país. Esse é um tempo e um governo que nós não merecemos”, verberou o parlamentar.
De acordo com Jeová, o achatamento de condição social caminha na contramão dos 1% dos mais ricos que continuam sem pagar imposto sobre as grandes fortunas, que não pagam impostos sobre lucros e dividendos e que vivem um verdadeiro paraíso fiscal. “No Brasil atual, cada dia ricos ficam mais ricos e pobres ficam mais pobres. Infelizmente, essa é a realidade cruel”, emendou. Finalizou Jeová Campos acentuando que a conta está ficando terrível para a população, com os pobres sendo escravizados pelos banqueiros e pelo mercado financeiro. “É preciso romper com isso tudo e dizer não à aprovação de medidas absurdas, não a esse governo que retira direitos básicos e recoloca o Brasil na linha da fome e da pobreza, que precariza as universidades públicas, estimula o armamento da população e faz pouco caso da saúde, negligenciando no combate à pandemia e desestimulando até o uso de máscaras”.