O site “Revista Forum” destacou declaração feita pelo deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) à rádio Correio FM, de João Pessoa, pregando que o partido mantenha apoio ao governo Jair Bolsonaro, revendo, assim, a posição contrária decidida após a realização dos atos de Sete de Setembro, dos quais o mandatário participou, atacando instituições e poderes constituídos. Pedro é referido na matéria como presidente do Instituto Teotônio Vilela, um centro de formação política do PSDB que já teve outros nomes importantes da legenda como presidentes, entre eles José Aníbal e Tasso Jereissati.
Cunha Lima também é presidente do diretório estadual do PSDB e, recentemente, desistiu da pré-candidatura ao governo da Paraíba, diante do pacto de apoio à pré-candidatura do ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD). Conforme o site, Pedro afirmou textualmente: “Não penso que fazer uma oposição sistemática a Bolsonaro, ao modelo que o PT faz, seja o papel que eu deva cumprir. Claro que o governo merece críticas em vários pontos. A condução na pandemia merece uma crítica e a gestão que o governo faz na educação não é eficiente. De resto, não vou fazer oposição de quanto pior, melhor”, enfatizou Pedro, que é filho do ex-senador Cássio Cunha Lima.
O site “Revista Forum” acrescenta: “Declarados como “independentes”, os tucanos eram, na prática, verdadeiros aliados do Planalto. Prova disso é a postura do partido no Congresso, apoiando em mais de 90% as propostas enviadas por Bolsonaro para aprovação nas duas Casas. Até mesmo a votação da proposta do “voto impresso” recebeu o apoio de importantes nomes do partido, como o deputado federal e ex-presidenciável Aécio Neves. O site conclui: “A declaração de Pedro Cunha Lima deixa a dúvida se a decisão de ir para a oposição, tomada por unanimidade no PSDB, será mesmo levada a sério na prática, que é realmente o que importa”. O PSDB nacional convocou prévias, ainda este ano, para definir o candidato do partido às eleições presidenciais no ano que vem. Marcadas para novembro, as prévias estão polarizadas entre dois governadores – João Doria, de São Paulo, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul.