Nonato Guedes
A deputada estadual Camila Toscano, do PSDB, defendeu, hoje, Dia Estadual do Atleta Paralímpico, garantido pela Lei 10.817/2016, de sua autoria, mais investimentos no paradesporto. A parlamentar sugeriu que o governo do Estado elabore ações e garanta investimentos, por meio da Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer, capazes de garantir a manutenção dos treinos e a participação em campeonatos dos paratletas. Ela defende a realização de um mapeamento dos paratletas com potencialidades nas mais diversas modalidades.
Lembrou que treze paraibanos participaram das Paralimpíadas de Tóquio, mas que esse número poderia ter sido bem maior se o governo desenvolvesse ações e fornecesse incentivo financeiro. “Sem apoio do governo tivemos 13 atletas nas Paralimpíadas, imagina com apoio? A competição nos mostrou que temos nomes com potenciais para a disputa em competições nacionais e internacionais, mas em muitos casos não são revelados por clubes ou centros de treinamento por falta de oportunidades e de investimentos. Sugiro um mapeamento de atletas com potencialidades e que a eles seja destinado um incentivo específico que garanta seus treinamentos e participações em campeonatos”, defendeu.
A deputada destacou que a Lei que cria o Dia Estadual do Atleta Paralímpico tem como objetivo contribuir para a divulgação do paradesporto na Paraíba, da atividade física adaptada, incentivando a prática por aqueles que apresentam alguma limitação, além de reconhecer e valorizar esses atletas como pessoas capazes de uma atividade desportiva. A data de 22 de setembro foi proposta pela parlamentar para comemorar o dia do atleta paralímpico, pois coincide com a data da criação do Comitê Paralímpico Internacional, bem como com a data em que se comemora o Dia Nacional do Atleta Paralímpico. Camila Toscano lembrou ainda o Projeto de Lei 2.827/21, de sua autoria, que assegura ao atleta com deficiência que participar de eventos e competições paradesportivas realizadas com apoio, patrocínio ou outra forma de emprego de recursos públicos estaduais, a mesma premiação e os mesmos benefícios assegurados ao atleta sem deficiência que compete em categoria igual ou similar.
– É público e notório que existem diferenças nas premiações e incentivos dados aos atletas brasileiros, visto que normalmente a maior fatia fica para o futebol masculino. Quando realizamos um recorte de gênero, mesmo no futebol, a desigualdade é gritante entre homens e mulheres. Mas, quando focamos nos paratletas, especialmente as mulheres, a desigualdade é estarrecedora. Então, propomos esse projeto para combater, no âmbito esportivo, mais uma forma de desigualdade entre pessoas com e sem deficiência – acrescentou. De acordo com o projeto, o direito assegurado ao atleta com deficiência não exclui a igualdade de premiações entre homens e mulheres que competirem em mesma categoria nas disputas esportivas e paradesportivas.