Nonato Guedes
De acordo com informações do UOL, o ministro da Saúde, o cardiologista paraibano Marcelo Queiroga, que permanece em Nova York em quarentena, após ter sido diagnosticado com covid-19 quando integrava a delegação do presidente Jair Bolsonaro que participou da abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, vai trocar nesta sexta-feira o hotel de luxo em que está por outro local de hospedagem com custo menor. A notícia foi repassada pela assessoria de imprensa da Pasta. Os custos da permanência no local, de acordo com o ministério, não serão pagos pelo Palácio do Planalto nem pela própria Pasta. O hotel luxuoso em que Queiroga ficou tem quartos entre R$ 6 mil e R$ 10 mil.
O ministro encontra-se em quarentena desde terça-feira, 23, quando recebeu o diagnóstico positivo, tendo a notícia sido dada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, que se fez acompanhar de outros ministros e de familiares. A logística do deslocamento de Queiroga para o novo hotel não foi divulgada pelo ministério, que informou, porém, que o ministro “seguirá todos os protocolos sanitários” adotados nos Estados Unidos e em âmbito mundial. Se Queiroga permanecesse no hotel Intercontinental Barclay até o final do isolamento de 14 dias, o custo da estadia poderia variar de R$ 84 mil a R$ 140 mil, dos quais mais de R$ 50 mil teriam que ser pagos pelo ministro com recursos próprios.
De acordo com o ministério, o médico não utiliza o cartão corporativo que é concedido aos ministros de Estado. O restante do gasto com a hospedagem seria bancado pelo governo federal por meio das diárias pagas a ministros fora do país. Queiroga receberá um valor de R$ 460 dólares, ou cerca de R$ 2.400, para cada dia em que estiver no exterior. A ‘retribuição’ que deverá ser concedida ao ministro da Saúde está prevista no Decreto de número 6.576/08. O valor de US$ 460 é previsto para ministros que estejam no exterior, em um dos 46 países listados, entre eles os Estados Unidos. Ao total, caso ele permaneça duas semanas em Nova York, como é a orientação, se tiver sintomas de covid, o ministro deverá receber, apenas deste benefício, um total de aproximadamente R$ 39 mil.