O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, foram vaiados e chamados de genocidas na manhã desta quinta-feira, 14, na Unidade Básica de Saúde da Asa Sul, em Brasília, após furarem fila para a vacinação contra a Covid-19. Gritos de “Miliciano! Fura Fila” foram ouvidos durante a saída da comitiva da Unidade Básica de Saúde. Outro homem reagiu: “Seu manezão”.
A “Revista Forum” revela que Flávio Bolsonaro voltou às manchetes, desta vez ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, em um esquema que direcionou mais de R$ 50 milhões em verbas de publicidade e patrocínio da Caixa Econômica Federal. Dono de uma mansão de mais de R$ 6 milhões adquirida recentemente em Brasília, o filho de Jair Bolsonaro seria o responsável pelo direcionamento de cerca de 57% dos R$ 87,5 milhões que a Caixa investiu em patrocínios entre janeiro e agosto de 2021. Um dos beneficiados foi a Confederação Brasileira de Ginástica, presidida por Maria Luciene Cacho Resende e representada por Ricardo Cacho Resende, filho dele e amigo de Flávio. A entidade recebeu patrocínio de R$ 30 milhões, o maior repassado pela entidade neste ano.
Cardiologista paraibano, o ministro Marcelo Queiroga contraiu Covid recentemente, quando integrou a comitiva do presidente Jair Bolsonaro a Nova York, onde o mandatário discursou na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas mesmo sem estar vacinado. Queiroga foi obrigado a cumprir isolamento nos Estados Unidos, embora tenha tido sintomas leves da doença. Conforme o protocolo de segurança emitido pelas autoridades norte-americanas foi liberado após a fase de isolamento e retornou ao Brasil para retomar suas atividades à frente do Ministério. O ministro é bastante ligado à família de Bolsonaro e foi indicado para o cargo por sugestão de filhos do presidente da República, já tendo admitido que o mandatário interfere em decisões da Pasta. Ele sucedeu no posto ao general Eduardo Pazuello, que dizia cumprir ordens do presidente no Ministério.