Diversas personalidades do meio artístico e cultural brasileiro manifestaram seu pesar, em redes sociais, pelo falecimento, na madrugada de hoje, no Rio de Janeiro, do pianista Nelson Freire, um dos mais consagrados em todo o mundo. Ele estava em sua residência e não foram divulgadas as causas do óbito. O site da rádio France Musique, especializada em música clássica, que pertence à rede pública Rádio França, noticiou que “é um monumento, um monstro sagrado do piano que nos deixa”. A France Musique destacou ainda: “Com ele, uma extravagância incomum no teclado se extingue, misturada com uma rara sensibilidade e expressividade”.
Mineiro de Boa Esperança, Nelson Freire começou a tocar piano aos três anos. O talento fez a família mudar-se para o Rio de Janeiro a fim de que ele pudesse aprimorar os estudos. Aos 12 anos, foi finalista do Primeiro Concurso Internacional de Piano do Rio e ganhou uma bolsa de estudos na Europa, se mudando para Viena em 1959, onde estudou com o pianista Bruno Seidlhofer. Com diversas premiações, Nelson Freire trilhou uma brilhante carreira internacional, tendo se apresentado em mais de 70 países com orquestras como as filarmônicas de Berlim, Londres, Nova York e Israel, a Orquestra Real do Concertgebouw, de Amsterdam e as Orquestras de Munique, Paris, Tóquio, São Petesburgo, Viena, Boston, Filadélfia, Cleveland, Los Angeles, Chicago e Montreal.
Segundo o Instituto Piano Brasileiro, Nelson Freire é o único artista do país incluído no projeto Great Pianists of the XXth Century (Grandes pianistas do século XX em tradução livre), uma coleção de 200 CDS lançados pela Phillips.