O governo da Paraíba divulgou o primeiro balanço do Programa Continuar Cuidando Educação, referente à primeira etapa da pesquisa epidemiológica realizada com estudantes e professores do ensino infantil. O diretor da Escola de Saúde Pública, Felipe Proenço, destacou a importância do levantamento para a segurança das atividades educacionais no Estado e disse que os resultados colhidos demonstram a viabilidade de retorno de atividades presenciais para a educação infantil, bem como a necessidade de manutenção de medidas preventivas no âmbito escolar. Tais informações serão complementadas nas próximas etapas do estudo, com dados focados no ensino fundamental, médio e superior.
Felipe Proenço falou ainda sobre a participação dos pais nesse contexto. “Autorizar o seu filho a participar da pesquisa é muito importante, pois através dos testes podemos saber como o vírus está circulando na escola e se ela é um ambiente seguro para todos”. Sobre a perspectiva de ampliação das atividades escolares, o secretário estadual de Educação e da Ciência e Tecnologia, Cláudio Furtado, está otimista em relação aos primeiros resultados. “Conseguimos atingir escolas da rede pública e privada e tivemos resultados promissores sobre a possibilidade de aumentar a realização de atividades educacionais presenciais em 2022. Cada escola que participa do inquérito está possibilitando que o ambiente seja avaliado em relação à segurança para alunos e profissionais”, comentou.
A primeira etapa do Continuar Cuidando Educação abrangeu 231 escolas de Educação Infantil, distribuídas em 91 municípios das 14 gerências regionais de educação. Entre as escolas, 145 são municipais e 86 são da rede privada. A próxima etapa acontecerá nas escolas de Educação Fundamental, para estudantes e professores dos anos iniciais, compreendendo alunos do primeiro ao quinto ano. O programa é uma ação conjunta das Secretarias de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia e da Saúde e busca analisar de que modo se dá a transmissão da covid-19 diante do aumento das atividades presenciais nas escolas. Assim, por meio de testes de antígeno, a presença do vírus está sendo mapeada no ambiente educacional das redes pública e privada de todas as regiões de Educação e Saúde da Paraíba.
Foram testados, na primeira etapa, 1.998 estudantes e 722 professores. O nível de prevalência do vírus foi de 0,6% nos alunos e 0,3% nos docentes. No final do ano de 2020, a pesquisa Continuar Cuidando identificou que 2,2% das crianças de 0 a 9 anos de idade apresentaram infecção ativa por covid-19 num período em que não havia nenhuma atividade presencial nas escolas. A diminuição dos resultados positivos é fruto do avanço da vacinação, mesmo que esta faixa etária não seja elegível para a vacina. Com a ampliação de pessoas vacinadas na comunidade, o vírus tende a diminuir a circulação e contaminar menos pessoas.