Sete anos após o assassinato da estudante Maria Beatriz, de 14 anos, na Escola Municipal Violeta Formiga, onde estudava, a Prefeitura Municipal de João Pessoa realizou nesta segunda-feira, 22, um evento para conscientização e enfrentamento ao feminicídio nas escolas da Capital, conforme estabelecido pela lei 14.210/2021, de autoria do presidente da Câmara Municipal, Dinho Dowsley (Avante). A lei determinou a instituição da data nas escolas públicas e privadas de João Pessoa como homenagem à jovem assassinada em 21 de novembro de 2014 por um adolescente de 15 anos, que queria manter um relacionamento afetivo com ela e não se conformava em ser rejeitado.
– O intuito é que o dia 21 de novembro seja lembrado nas escolas públicas e privadas com palestras para que seja evitado o índice de violência que vem crescendo assustadoramente, inclusive, neste período de pandemia – explicou Dinho. Para Nena Martins, secretária de Políticas Públicas para as Mulheres do município, a conscientização é um começo importante. “Precisamos conscientizar, desde o início, crianças e adolescentes para evitar que aconteçam as atrocidades que se vê no mundo todo, que são o feminicídio, a violência doméstica”, ressaltou.
Janete Santos, coordenadora da Secretaria da Mulher, atuando na área da educação, sobre uma cartilha criada a partir da Lei Maria da Penha vai às escolas (13.566/2018), de autoria da ex-vereadora Sandra Marrocos, do PT, sancionada na capital paraibana. “De maneira bem lúdica, ilustrativa, com imagens coloridas, com texto bem pedagógico, nós construímos essa cartilha no intuito de apresentar aos alunos, aos adolescentes, essa temática”, explicou. Rosane Araújo, a promotora de Defesa da Mulher do Ministério Público da Paraíba, também presente na ocasião, disse que a erradicação da violência contra a mulher é um tema que afeta a todos. “É preciso resistir, é preciso lutar, é preciso se posicionar”, concluiu.