O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), discursou, ontem, no final do encontro nacional do partido realizado em Brasília. O parlamentar, que tem seu nome apresentado como um pré-candidato à presidência pela legenda, evitou se definir como um concorrente ao Planalto em 2022, mas deixou no ar que estará de acordo com a decisão da legenda. “Convocado a esta missão de servir o PSD, eu o faço na condição de presidente do Senado e do Congresso Nacional”, salientou. “E em relação às eleições de 2022, eu repito: estarei de corpo, alma, mente e coração a serviço do partido e do Brasil”.
Pacheco fechou o encontro do PSD, que contou com a presença do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, e de políticos do partido nos âmbitos nacional e municipal, como o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad. Em seu discurso, de pouco mais de 20 minutos, Pacheco afirmou que a proposta do PSD para o Brasil deve tratar de soluções eficientes para a economia, meio ambiente, saúde e segurança pública, sem, no entanto, entrar em maiores detalhes a respeito. Ele frisou que o PSD deve pregar o respeito, a responsabilidade e mesmo o amor ao país. “Amor ao Brasil definitivamente não é só colocar uma camisa da seleção brasileira e sair xingando o STF, o Congresso Nacional e a política brasileira”, ironizou o senador em uma das críticas que fez.
Acrescentou: “Amor ao Brasil é praticar a cidadania, é cumprir seus deveres, é criticar de maneira respeitosa aquilo que se revela diferente – e precisamos disso mais do que nunca”. Desde que se filiou ao partido no início do mês, Pacheco busca atrelar sua imagem à do ex-presidente Juscelino Kubitscheck, que governou o Brasil entre 1956 e 1961. Ao final do discurso, ele voltou a lembrar do conterrâneo e pediu o otimismo da legenda ao tratar das questões nacionais. “Não percamos o otimismo e o entusiasmo no Brasil. É isso que nos fará diferentes”, disse, em sua conclusão. O nome do senador mineiro é um dos que compõem a chamada “terceira via”, bloco de centro à direita do espectro político que não se alinha, em um primeiro momento, nem com Lula (PT) ou Jair Bolsonaro (sem partido), atualmente líderes nas pesquisas de opinião. Na pesquisa mais recente, do Datafolha, realizada em setembro, Pacheco, então pelo Democratas, aparecia com 1% das intenções de voto.