Nonato Guedes
O governador João Azevêdo (Cidadania) encaminha-se para fechar o terceiro ano de gestão com um saldo positivo em termos de obras estruturantes e investimentos de impacto em diferentes setores de atividade e com a consciência tranquila de quem está procurando atender às demandas prioritárias da população. O programa de governo originalmente traçado na campanha de 2018 sofreu alterações de percurso dentro de um planejamento orientado para fazer face a emergências ou calamidades, como a pandemia de covid-19. Mas o governo demonstrou firmeza nas ações de enfrentamento à doença e no controle da situação, de modo a impedir um colapso da rede de saúde pública, que teria consequências desastrosas para a sociedade. Quando houve flexibilização na “guerra sanitária”, o governo deu provimento a metas de trabalho em setores estratégicos, indispensáveis à continuidade do processo de desenvolvimento do Estado.
Candidato à reeleição no pleito de outubro vindouro, o chefe do Executivo tentará manter o essencial do calendário da administração, atento aos rigores da legislação eleitoral, com o fito de contornar impasses ou problemas que venham a ser provocados artificialmente por adversários, em orquestração destinada a tentar desestabilizar a posição confortável com que se apresenta o projeto de recandidatura. O governador paraibano, como se sabe, desponta como favorito em pesquisas de intenção de voto que têm sido processadas preliminarmente para aferir tendências da opinião pública. Os números favoráveis traduzidos pelos levantamentos constituem reconhecimento ao dinamismo empreendedor que não lhe faltou em plena conjuntura adversa. Mas não há espírito de triunfalismo; há senso de responsabilidade na condução da máquina, de tal forma que adversários políticos não têm encontrado facilidade na confecção de bandeiras com que possam atacar a administração em curso.
O êxito administrativo de João Azevêdo não constituiu surpresa para segmentos influentes da sociedade paraibana, que tinham conhecimento das suas qualidades técnicas e da operosidade com que se portou à frente de cargos que havia exercido no serviço público. A capacidade realizadora foi reforçada pela sensibilidade social e pelo domínio de radiografia das carências e potencialidades da Paraíba, permitindo-lhe extrair diagnósticos rápidos e assertivos acerca de soluções demandadas para os desafios. Foi assim que João Azevêdo comprovou estar equipado para administrar o contencioso da calamidade sanitária, que punha em xeque a rede pública de saúde em face de uma catástrofe que afetou a todos indistintamente. Enquanto outros gestores se mostravam tímidos, até mesmo prostrados diante da dimensão da tragédia anunciada, o ocupante do Palácio da Redenção arregaçou as mangas e liderou mobilização que envolveu prefeitos de todo o Estado, bem como articulação com governadores do Nordeste e com autoridades federais do Ministério da Saúde.
Os resultados alcançados no enfrentamento à covid colocaram a Paraíba em posição favorável no ranking nacional, já na fase aguda da pandemia quando o desespero tomava conta das pessoas e havia, da parte de autoridades em geral, sensação de desalento ou de impotência para tentar enfrentar a tempestade. A pandemia, como ainda agora repetem renomados especialistas em Saúde Pública, representou um duro teste para a sobrevivência da própria Nação, por causa das perdas substanciais que decorreram e, em paralelo, do desconhecimento de aspectos fundamentais da prevenção à doença, por se tratar de fenômeno novo, desafiador para a própria Medicina. Num cenário assim, o Poder Público fatalmente seria cobrado a oferecer respostas eficazes. A crise deu a Azevêdo a oportunidade de demonstrar poder de decisão e alcance de visão sobre providências a serem tomadas.
Os ventos da “Era Azevêdo” passaram, então, a ser ajustados conforme as circunstâncias ou as consequências da realidade da conjuntura. E havia a necessidade imperiosa de manter sob controle o ajuste fiscal, bem como o equilíbrio da situação econômica-financeira do próprio Estado – este um esforço sobre-humano devido às restrições que tiveram que ser tomadas, com paralisação de atividades essenciais, abalo de receitas e reflexo negativo no balanço do setor produtivo. Há muito a ser falado, pelo governador João Azevêdo e por outros expoentes da sua gestão, acerca dessa quadra excepcional que a Paraíba tem vivenciado. Impedir o colapso administrativo foi missão crucial, até aqui desempenhada à altura das expectativas.
O governador, naturalmente, tem atenções voltadas para o período eleitoral quando a sua gestão será plebiscitada nas urnas. Mas, coerente com a postura cerebral que costuma adotar na vida pública, está alertado para a necessidade de não dar “stop” nos desafios que só tendem a crescer em termos de investimentos e realizações que beneficiam diretamente a população. Quanto à atenção aos rigores da legislação, o governador, como deixam claro seus assessores, previne-se contra armadilhas jurídicas que adversários tentem produzir na campanha a céu aberto a ser travada depois da realização das convenções. Azevêdo quer fazer uma travessia segura que lhe possibilite dar partida a um segundo mandato muito mais promissor para a Paraíba.