Nonato Guedes
Os emedebistas paraibanos se agitam com a perspectiva de lançamento, em Brasília, da pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à presidência da República e alguns, como o vereador Mikika Leitão, em viagem a Brasília para participar de eventos, defendeu, hoje, que a mesma fórmula seja aplicada no Estado e que o senador Veneziano Vital do Rêgo, presidente estadual, seja assumido como alternativa ao Palácio da Redenção nas eleições do próximo ano. O deputado estadual Raniery Paulino, porém, que esteve, ontem, com Veneziano, disse não ter conhecimento, ainda, de articulação mais concreta para oficializar a pretensão do senador ao governo estadual e que, sendo assim, reafirma seu apoio à candidatura do governador João Azevêdo (Cidadania) à reeleição. Mikika Leitão é presidente do diretório municipal do MDB em João Pessoa.
Raniery é filho do ex-governador e ex-deputado Roberto Paulino, que atualmente é secretário de Governo na gestão de João Azevêdo, e defende que haja um diálogo entre Veneziano e o governador para aceleração de definições a respeito. Para ele, a indefinição, além de prejudicial, cria um impasse na relação entre o partido e o governador do Estado, alimentando explorações que têm sido feitas por partidos de oposição ou por adversários do chefe do Executivo. Na semana passada, o senador Veneziano Vital do Rêgo, que assumiu a presidência do diretório regional no vácuo da morte do senador José Maranhão, levou ao conhecimento público que há praticamente sete meses não cumpre agenda política com o governador, “talvez porque a sua pauta não tenha possibilitado, ainda, um entendimento”. O distanciamento entre Azevêdo e Veneziano preocupa setores políticos paraibanos ligados a ambos, mas Raniery negou que haja pressão para um acerto a respeito.
O vereador Coronel Sobreira, do MDB, com assento na Câmara da Capital, opinou que o distanciamento entre o governador e o senador Veneziano não é importante para as cogitações de entendimento com vistas às eleições do próximo ano. O senador Veneziano Vital do Rêgo, em afirmações nas últimas horas em Brasília, insistiu em defender uma estratégia nacional unificada do MDB para as eleições de 2022, a partir da definição da pré-candidatura à presidência da República, lembrando que, nesse sentido, o nome de Simone Tebet está posto com boa receptividade. Somente a partir da avaliação de desempenho de Simone como pré-candidata ao Planalto é que o MDB poderá discutir situações nos Estados, inclusive, quanto a candidaturas próprias à governança. “A preço de hoje, eu não trabalho com a possibilidade de ser candidato ao governo”, enfatizou Veneziano em entrevista ao “Congresso em Foco”.