O lançamento da pré-candidatura do comunicador Nilvan Ferreira (PTB) ao governo do Estado nas eleições do próximo ano recebeu manifestação de apoio do deputado estadual Walbber Virgolino, do Patriota, que disse ser candidato à reeleição à Assembleia Legislativa. mas não causou preocupação ao governador João Azevêdo (Cidadania). Falando a jornalistas, hoje, o chefe do Executivo frisou que não lhe cabe avaliar eventuais postulações concorrentes, mas, sim, continuar priorizando ações administrativas que beneficiam a população paraibana. “Eles que decidam quem será candidato”, acrescentou, referindo-se a adversários.
Nilvan Ferreira, que é apresentador de programa numa emissora de TV, foi candidato a prefeito de João Pessoa nas eleiçõe de 2020 e obteve desempenho surpreendente, logrando passar para o segundo turno, onde deu combate ao candidato Cícero Lucena (PP), vitorioso na contagem final. Na época, Ferreira estava filiado ao MDB, presidido pelo senador José Maranhão, que faleceu de complicações da Covid-19. Com a investidura do senador Veneziano Vital do Rêgo na presidência do MDB, após migrar dos quadros do PSB, Nilvan sentiu-se desconfortável, inclusive pelo apoio declarado ao governo de Jair Bolsonaro e às ações empreendidas no país. Ele se articulou, então, para mudar de partido e acabou ingressando no PTB com o aval do presidente nacional, Roberto Jefferson, sendo efetivado na presidência do diretório estadual.
Wallber Virgolino, que também concorreu à prefeitura de João Pessoa, comentou que Nilvan Ferreira “é um bom nome” para representar a direita conservadora no Estado nas eleições do próximo ano e informou que, de sua parte, envidará esforços para conseguir o consenso entre as principais forças bolsonaristas paraibanas. “Trabalho em prol de um único nome, e se esse nome tiver o amplo consenso de forças afins, o Patriota se unirá ao projeto”, salientou Walbber, mencionando, também, o nome do deputado estadual Cabo Gilberto Silva, ainda filiado ao PSL. Aliados de Bolsonaro articulam-se em torno de um nome viável desde que o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), sinalizou desistência da pretensão de concorrer ao governo, como vinha pugnando.