Nonato Guedes
Em entrevista, hoje, ao “Bom dia, Paraíba”, da TV Cabo Branco, o governador João Azevêdo (Cidadania) previu que somente em março poderão surgir algumas definições sobre a disputa eleitoral no seu esquema. Candidato à reeleição, o chefe do Executivo afirmou ao jornalista Laerte Cerqueira que seria até “uma afronta” discutir questão eleitoral no momento, quando a população, de acordo com ele, está preocupada com questões mais urgentes, a exemplo da saúde, emprego e condições de vida. João Azevêdo evitou fazer qualquer comentário sobre a disputa pela indicação de candidato ao Senado, que envolve os deputados federais Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) e Efraim Filho (Democratas), ambos da sua base de sustentação.
Frisou, também, que há muitas indefinições a nível nacional em relação a pontos da legislação que vai vigorar para as eleições do próximo ano, exemplificando com restrições que estão sendo feitas por setores do Judiciário à ideia de formação de “federação de partidos” para somar forças na disputa eleitoral. João Azevêdo admitiu que serão “eleições diferentes” as de 2022 por transcorrerem ainda em meio à pandemia de coronavírus no Estado e por envolverem disputas à presidência da República, executivos estaduais, Senado, deputados federais e deputados estaduais. A ênfase do governador na entrevista foi às questões administrativas, procurando mostrar que, ao contrário das previsões, o desenvolvimento do Estado não ficou “congelado” em virtude do combate à pandemia de covid-19.
Ele citou que a sua administração preparou-se para a eventualidade de prejuízos colaterais decorrentes da doença e montou uma estrutura que, a seu ver, possibilitou garantir o equilíbrio fiscal, bem como abriu oportunidade para a atração de investimentos econômicos com geração de emprego e renda no Estado, de tal modo que há reconhecimento de organismos nacionais como a Secretaria do Tesouro acerca do esforço empreendido pela sua gestão. João Azevêdo mencionou, ainda, feitos implementados pela sua administração em áreas específicas como Educação e Segurança Pública, bem como a repercussão dos investimentos na infraestrutura. Apontou como marca do seu governo o diálogo com categorias do funcionalismo sobre demandas salariais e considerou que, dentro das limitações impostas pela conjuntura adversa, os resultados alcançados têm sido promissores.