Nonato Guedes
O PSDB da Paraíba oficializou na manhã de hoje, durante entrevista coletiva no bairro de Miramar, em João Pessoa, o lançamento da pré-candidatura do deputado federal Pedro Cunha Lima ao governo do Estado. O ex-senador Cássio Cunha Lima, pai de Pedro, esteve ausente, bem como o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, presidente estadual do PSD, que alegou viagem por motivo de doença na família. O atual prefeito de Campina, Bruno Cunha Lima, também do PSD, esteve presente e defendeu a unidade de segmentos da oposição em torno da candidatura de Pedro que, conforme ele, representa a renovação dos quadros políticos locais.
O deputado federal Ruy Carneiro, ex-candidato a prefeito de João Pessoa em 2020 e os deputados estaduais Tovar Correia Lima e Camila Toscano prestigiaram a solenidade. Em seu pronunciamento, Pedro Cunha Lima teceu críticas à gestão do governador João Azevêdo (Cidadania), candidato à reeleição, pontuando à certa altura: “Eu não fui formado com os erros do passado. Mantenho sempre o olhar para a frente. Não faz sentido, com tanta inovação, tecnologia, ferramentas, possibilidades e vocações, pessoas ainda hoje passarem sede, não terem onde morar, não terem o básico no meio da pandemia. Isso não é normal. O futuro já chegou”. De acordo com Pedro, “o debate no mundo inteiro acontece em outro universo, em um futuro que já chegou, mas está muito nal distribuído por um governo do Estado que não consegue se colocar nesse novo tempo”.
Os líderes políticos presentes ao evento procuraram minimizar divergências por parte do ex-prefeito Romero Rodrigues em relação ao projeto de candidatura de Pedro. Até então, Rodrigues vinha admitindo a postulação, mas acabou anunciando a desistência e insinuando pretensão de concorrer a um mandato de deputado federal. Na manhã de ontem, Romero comunicou a suspensão de toda a agenda política por tempo indeterminado, dizendo que a medida foi necessária em razão de uma urgência de saúde na família e da necessidade de seu deslocamento a Porto Velho. O deputado Tovar Correia Lima vinha defendendo a opinião de que “é preciso colocar os pontos nos is no sentido de que a oposição terá candidatura própria ao governo do Estado”.