Familiares e amigos confirmaram, em redes sociais, na manhã de hoje, o falecimento no Hospital da Unimed, em João Pessoa, do presidente da Junta Comercial do Estado e ex-deputado estadual Simão Almeida, aos 77 anos, vítima do coronavírus. Ele havia tomado duas doses da vacina contra a Covid-19 mas, mesmo assim, desenvolveu sintomas da doença. Simão tinha problemas respiratórios decorrentes do seu histórico como fumante. O estado de saúde se agravou nos últimos dias e Simão foi, inclusive, intubado na UTI do Hospital da Unimed. O agravamento do quadro incluiu a realização de hemodiálise, e a esposa e filhos do político, alguns residentes em outros Estados, foram chamados para uma reunião hoje.
Simão foi eleito deputado estadual em 1990 pelo PCdoB com 4.538 votos. Era natural da cidade de Cabaceiras e sofreu prisão e perseguição durante a ditadura militar instaurada em março de 1964 pela sua atuação contra o regime. Formado em engenharia elétrica, em fins de 1968, mudou-se para o Recife, onde, em fevereiro de 1969, teve a sua casa invadida pela polícia. Passou, então, a viver na clandestinidade, até a promulgação da lei de anistia. Nesse período de clandestinidade, Simão Almeida vagou por diferentes lugares, tendo residido em São Paulo, Brasília, Fortaleza e Goiânia. Como aluno da Escola Politécnica de Campina Grande, participou do movimento estudantil, atuando em assembleias estudantis que lutavam pela legalidade democrática. Ele contou, em depoimento para o livro “O Jogo da Verdade”, editado pela “A União”, que sobreviveu nessa fase graças a amigos e apoiadores, uma vez que as condições que enfrentou eram bastante precárias.
O jornalista José Euflávio Horácio, em postagem em rede social, afirmou: “Morre o ex-deputado Simão Almeida, um homem bom, defensor da liberdade. Na década de 70, Simão estudava Engenharia Elétrica e, perseguido pela ditadura, refugiou-se em Goiás. Em 1979, anistiado, saiu da clandestinidade e voltou à Paraíba, elegendo-se deputado estadual. Vai com Deus, amigo”.
Nota de pesar da ALPB
O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino, em nome de todos os parlamentares e servidores do Poder Legislativo Paraibano, vem a público lamentar o falecimento do presidente da Junta Comercial do Estado e ex-deputado estadual Simão Almeida, que morreu aos 77 anos, na manhã desta quarta-feira (29), vítima do coronavírus.
O ex-deputado estava internado em um hospital de João Pessoa. Ele havia tomado duas doses da vacina contra a Covid-19 mas, mesmo assim, desenvolveu sintomas da doença, pois tinha problemas respiratórios.
“Neste momento de dor para toda a família nos solidarizamos com os familiares e amigos de Simão Almeida, um grande político do nosso Estado, que deixa grandes lições e um legado de trabalho e luta pelo povo da Paraíba”, ressaltou Adriano Galdino.
O ex-deputado foi eleito em 1990 pelo PCdoB com 4.538 votos. Era natural da cidade de Cabaceiras e sofreu prisão e perseguição durante a ditadura militar instaurada em março de 1964 pela sua atuação contra o regime. Formado em engenharia elétrica, em fins de 1968, mudou-se para o Recife, onde, em fevereiro de 1969, teve a sua casa invadida pela polícia. Passou, então, a viver na clandestinidade, até a promulgação da lei de anistia.
Governador lamenta a morte de Simão
O governador João Azevêdo lamentou a morte do ex-deputado Simão Almeida Neto, que era presidente da Junta Comercial da Paraíba, ocorrida nesta quarta-feira (29). Natural da cidade de Cabaceiras, era formado em engenharia elétrica e foi eleito deputado estadual em 1990 pelo PCdoB, partido que sempre militou na sua trajetória política.
João Azevêdo destacou a trajetória política de Simão Almeida, lembrando que, desde jovem, se mostrou um grande defensor da liberdade e legalidade democrática, tendo participado ativamente de movimentos estudantis e sociais. Essa posição motivou sua prisão e perseguição durante a ditadura militar, levando-o a viver na clandestinidade até a promulgação da anistia.
Como presidente da Jucep, Simão se mostrou um administrador comprometido com um trabalho voltado a prestar um atendimento eficiente ao paraibano, especialmente os empresários. Sua gestão foi marcada pela modernização dos serviços oferecidos ao público da Junta Comercial, com destaque para o ‘Jucep Digital’, lançado recentemente, que facilitou a tramitação dos processos de abertura, alteração e extinção de empresas pela internet, garantindo maior acessibilidade aos serviços prestados pelo órgão.
Nesse momento de dor, o governador João Azevêdo se solidariza com os familiares e amigos, ao tempo em que expressa gratidão por todos os seus serviços prestados como auxiliar de governo, contribuindo para o desenvolvimento da Paraíba.