O novo boletim de saúde do presidente Jair Bolsonaro (PL) informa que ainda não há avaliação definitiva sobre a necessidade de uma cirurgia. Ele foi internado na madrugada de ontem no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, realizando exames e tratamento de uma obstrução intestinal. Bolsonaro interrompeu sua folga em Santa Catarina para ir ao centro médico após sentir desconforto abdominal. Segundo o Hospital Vila Nova Star, o presidente apresentou melhora clínica com a sonda nasogástrica, “evoluindo sem febre ou dor abdominal”. O comunicado diz: “O paciente fez uma curta caminhada pelo corredor do hospital e permanece em tratamento clínico”.
Em seu perfil no Twitter, mais cedo, Bolsonaro disse que é possível que ele seja submetido a uma cirurgia de obstrução interna na região abdominal. O novo boletim não comenta se há data de alta para Bolsonaro, mas a Secretaria de Comunicação reiterou que não havia previsão. Em julho de 2021, Bolsonaro ficou quatro dias internado no Hospital Vila Nova Star para tratamento de uma obstrução intestinal. À época, os médicos cogitaram uma intervenção cirúrgica, que foi descartada depois que o intestino do presidente voltou a funcionar normalmente.
A informação de que o presidente estava realizando exames e com suspeita de uma obstrução intestinal foi confirmada ao UOL pelo médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou Bolsonaro após a facada que levou no abdome em setembro de 2018, e acompanha o quadro dele. Há expectativa sobre a chegada de Macedo ao hospital para analisar o presidente. Ele estava nas Bahamas mas interrompeu a viagem para ir à capital paulista cuidar de Bolsonaro. Ao UOL o médico disse, ontem à tarde, que só será possível tirar conclusões do quadro do presidente com uma avaliação presencial. Não foi possível localizar nenhum aliado ou político ligado ao presidente entrando no hospital pela portaria até o final do dia de ontem. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ter recebido informações de que Bolsonaro teve dores abdominais por conta da facada que levou em 2018.