O prefeito de Pedras de Fogo, Manoel Júnior, divulgou nota, ontem, criticando o processo de intervenção da Executiva Nacional do Solidariedade que o afastou da presidência do partido na Paraíba. “De forma abrupta e antidemocrática, fomos surpreendidos com uma intervenção em nosso diretório, sem nenhum diálogo ou comunicação prévia, em total afronta às diretrizes partidárias, à democracia e ao trabalho que estávamos desenvolvendo”, afirma um trecho da nota. Manoel Júnior ressalta que, no início de 2019, depois de reiterados convites do presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, assumiu o comando do partido no Estado, sem prefeitos, vice-prefeitos ou deputados filiados e com um baixo número de vereadores em seus quadros.
– Sob nosso comando, o Solidariedade-PB saiu da condição de Comissão Provisória, tornando-se diretório estadual, e deu início a um processo de crescimento e fortalecimento, chegando ao número de 2.931 filiados, três prefeitos, cinco vice-prefeitos, 25 vereadores, frutos de uma expansão que alcançou 69 municípios – relatou. Ele acrescenta que está deixando para a gestão que entra um partido totalmente organizado do ponto de vista burocrático, com as finanças em dia, sem máculas jurídicas ou administrativas. Manoel Júnior também alertou os novos dirigentes sobre os riscos de uma futura traição da Executiva Nacional.
E emendou: “Deixamos, enfim, um Solidariedade-PB maior do que aquele que encontramos, com o desejo de que nossos sucessores possam dar continuidade ao processo de crescimento e desenvolvimento do partido, porém, com o alerta para que não sejam, num futuro próximo, vítimas do mesmo expediente adotado contra a nossa gestão, eis que para os que se utilizam de tal expediente pouco importam o trabalho, a seriedade, a honestidade ou as boas práticas de gestão”. Manoel Júnior já exerceu mandatos de deputado estadual, deputado federal, vice-prefeito de João Pessoa e presidente da Federação das Associações dos Municípios do Estado da Paraíba. Conforme ele, ultimamente, vinha mantendo conversações importantes com lideranças do Estado, visando o pleito eleitoral de 2022, onde seriam apresentadas candidaturas competitivas para a Assembleia Legislativa e a Câmara Federal, “quiçá para compor a chapa majoritária concorrente ao governo do Estado”. Foi, então, surpreendido com a intervenção por parte da Executiva Nacional e a designação de novos dirigentes.