O Partido dos Trabalhadores vai realizar um seminário nos dias 31 de janeiro e primeiro de fevereiro com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que apresentará a RAP (Rede Nacional de Comitês de Atuação Partidária). A coluna Painel, da Folha de S. Paulo, teve acesso a uma apresentação mostrando que a rede de comitês tem como objetivo apoiar a campanha de Lula e será composta por “espaços de atuação que podem existir dentro do PT”, desde os diretórios municipais até os Núcleos de Vivência, Estudos e Lutas, e outros “que deverão ser criados a partir das Secretarias e Coordenações Setoriais”.
A meta, segundo o documento, é criar 5.000 comitês até maio. Cada uma dessas estruturas terá uma pessoa que integra a RAP, que ficará responsável por tarefas específicas de comunicação, mobilização e organização. O objetivo, segundo o PT, é “organizar uma rede que integre espaços de atuação política, já existentes ou que serão criados, em uma rede piramidal que durante o período eleitoral se transformará em Comitês Populares da Campanha Lula Presidente”. O planejamento do partido aponta para dois tipos de comitês: os territoriais e os setoriais. Os primeiros serão representados pelas instâncias municipais do PT mas poderão ser criados em cidades onde não há diretório do partido. Os setoriais tratarão de temas específicos e terão metas e tarefas de acordo com suas áreas.
O partido estipula, por exemplo, comitês de combate ao racismo, mulheres e LGBTQI+ em todas as cidades com mais de 100 mil eleitores. Para articular e coordenar a rede, o PT pretende criar um Cadastro Nacional de Comitês, onde cada estrutura será representada por um integrante do partido. O dirigente receberá, através de e-mail ou de Whatsapp o material específico que será elaborado semanalmente pela Secretaria de Comunicação e ficará responsável por divulgá-lo para os militantes do comitê em sua área ou território de atuação”, diz a apresentação do PT. O seminário em que a RAP será apresentada vai se chamar “Resistência, Travessia e Esperança” e deve reunir parlamentares e debatedores. A iniciativa foi da liderança do partido na Câmara dos Deputados, mas a organização foi assumida pelo diretório nacional, pela Fundação Perseu Abramo, Instituto Lula e movimentos ligados ao PT. Segundo o líder do partido na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), o nome cita as três palavras que nortearão o trabalho do PT em 2022. A ideia inicial era reunir uma grande quantidade de petistas e aliados em Brasília, mas com o avanço da Covid o evento será virtual.