Nonato Guedes
O deputado estadual Raniery Paulino, que integra a direção do MDB, defendeu, hoje, que o senador Veneziano Vital do Rêgo, presidente do diretório regional, promova um amplo debate sobre a posição que o partido deve tomar em relação à sucessão ao governo, lembrando que há posições diferentes no seio da legenda. Raniery frisou que respeita os defensores do lançamento da candidatura do senador Veneziano ao governo, a exemplo do vereador Mikika Leitão, presidente do diretório municipal em João Pessoa, mas reiterou que, pessoalmente, é favorável à composição em apoio ao governador João Azevêdo (Cidadania), postulante à reeleição.
– Como legenda democrática que sempre foi, o MDB deve dar prioridade à discussão e conhecimento das teses que estão em pauta nas suas fileiras – salientou Raniery, em entrevista à TV Correio, sugerindo que o debate se estenda às possibilidades de formação de chapas proporcionais, tanto à Assembleia Legislativa como à Câmara Federal, levando em conta o fortalecimento do partido. O pai do deputado, ex-governador Roberto Paulino, que foi candidato ao governo em 2022, tendo perdido no segundo turno para Cássio Cunha Lima, ocupa, atualmente, a Secretaria de Governo de João Azevêdo. Raniery enalteceu as qualidades de Veneziano e suas credenciais para concorrer a qualquer cargo eletivo, mas ponderou que havia um pré-compromisso de alinhamento com a recondução de João Azevêdo no pleito deste ano e que esse quadro deve ser levado em conta nas análises internas.
Em 2018, o MDB lançou o senador José Maranhão como candidato ao governo do Estado, mas o pleito foi vencido em primeiro turno por João Azevêdo, que na época concorreu com o apoio de Veneziano e do ex-governador Ricardo Coutinho e derrotou, ainda, nas urnas, Lucélio Cartaxo, irmão do ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo. Esta semana, a esposa de Veneziano, Ana Cláudia Vital do Rêgo, pediu exoneração do cargo de secretária de Desenvolvimento e Articulação Municipal do governo. A versão é de que ela deseja estar disponível para concorrer e trabalhar no projeto de ser candidata à Assembleia Legislativa, mas também surgiram versões de que a exoneração poderia indicar movimentação da parte do senador emedebista para ficar livre a fim de examinar a hipótese de ser candidato ao governo contra Azevêdo. A exoneração de Ana Cláudia foi publicada na edição do Diário Oficial desta sexta-feira.