O presidente do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores, Jackson Macêdo, revelou que o partido não recusa diálogo com o governador João Azevêdo (Cidadania) sobre o seu interesse em apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República, mas deixou claro que haverá um palanque único na Paraíba para fortalecer a campanha de Lula. Pessoalmente, Jackson Macêdo tem defendido a formação de uma chapa para as eleições majoritárias no Estado envolvendo o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), cotado para pré-candidato ao governo, a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT), o ex-governador Ricardo Coutinho e o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, que voltaram aos quadros petistas
“O PT tem que conversar com todos aqueles que querem votar em Lula. Não tem problema nenhum conversar, mas o PT só terá uma candidatura e um palanque, até por força da legislação”, reagiu Macêdo ao ser abordado sobre o assunto em entrevista a emissoras de rádio. Esta semana, Macêdo participou da vídeoconferência em que o senador Veneziano Vital do Rêgo pediu apoio de expoentes do Partido dos Trabalhadores para sua pré-candidatura ao governo da Paraíba e reafirmou seu compromisso de pleno engajamento à campanha do ex-presidente Lula para voltar ao Planalto. Numa entrevista à rádio Clube do Recife, Lula admitiu interesse em ampliar as discussões e, especificamente sobre a Paraíba, afirmou que deseja conversar “com muita gente”, sem, no entanto, mencionar nomes.
O ex-presidente Lula participou, ontem, de uma transmissão ao vivo de comemoração do aniversário de 42 anos do Partido dos Trabalhadores e fez um discurso emocionado, onde pregou que o amor vai vencer o ódio. “Mesmo com todas as tentativas de destruição do PT e da acirrada criminalização da política, estamos vivos e mais fortes que nunca e continuamos sendo o partido político mais querido do Brasil”, disse Lula em trecho do discurso. Em sua fala, o ex-presidente apontou que amor e ódio sempre caminham juntos na história e que é preciso fazer o amor vencer novamente. “Precisamos lutar para que o ódio que matou o imigrante e que todo dia mata mulheres, negros, índios, gays, lésbicas e transexuais seja banido para sempre”, acentuou Lula, citando o assassinato brutal do congolês Moise Kabagambe.