Nonato Guedes
O diretório nacional do Cidadania, partido a que é filiado o governador da Paraíba, João Azevêdo, discutirá na terça-feira, dia 15, se formará ou não “federação” com o PSDB para disputar as eleições deste ano. O governador paraibano é contrário à proposta, já que o PSDB, através do deputado federal Pedro Cunha Lima, lhe faz oposição acirrada e ele é candidato à reeleição, além do que tem compromisso de apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pré-candidato do Cidadania ao Planalto, senador Alessandro Vieira (SE), apresentou exigências para o partido aderir ao arranjo. Quer uma decisão equilibrada sobre candidaturas para todos os cargos, incluindo presidente da República.
Alessandro afirmou que aceitará a derrota se for voto vencido em uma discussão justa. Mas também indicou que, se o debate não for democrático, há chances de ele deixar a legenda. Senadores, diferentemente de deputados, podem trocar de partido quando quiserem. Falando ao “Poder360”, Vieira disse que tem maior potencial de votos para presidente do que o governador de São Paulo, o tucano João Doria, argumentando que é menor a sua rejeição no eleitorado. A senadora Eliziane Gama, do Cidadania-MA, discute com Doria a indicação para vice. Vieira criticou. Disse que o momento é para discutir quem será cabeça de chapa e que ela deveria postular esse cargo, também, com ele mesmo e com Doria.
Alessandro Vieira é autor do projeto sobre fake news que está sendo analisado na Câmara. Quer que seja aprovado, mas apresentará outro só para redes sociais. Ainda não decidiu quando. Defende que tenham transparência e possam ser investigadas. Na entrevista ao “Poder360”, Alessandro Vieira justificou a sua pré-candidatura à presidência da República, alegando: “O Brasil não merece um plebiscito entre Lula e Jair Bolsonaro”. Salientou que há todo um processo da construção de candidaturas de terceira via e que sua pré-candidatura foi lançada por decisão unânime do Cidadania.