Ao lamentar, ontem, as ameaças feitas contra o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, por causa da rejeição de uma emenda que contemplava os policiais paraibanos, o governador João Azevêdo informou ter determinado investigação dos fatos para responsabilização de culpados. “Determinamos a imediata investigação do caso, diante da gravidade dos fatos”, informou o chefe do Executivo em postagem em rede social. Acrescentou que as ameaças sofridas pelo chefe do Poder Legislativo “são uma afronta não só à sua vida mas à democracia. Elas fogem completamente do ambiente respeitoso e de harmonia entre os Poderes, que temos mantido desde o início no nosso governo”.
Os ataques foram denunciados pelo deputado Adriano Galdino durante a sessão ordinária de ontem, quando relatou que não somente ele, mas também uma das filhas, foi alvo de ameaça em virtude da postura que ele tem demonstrado à frente do comando da ALPB. “São várias ameaças de morte. Passaram do campo político e ideológico e foram para o campo pessoal, inclusive com ameaças até à minha própria família”, frisou. A seu ver, as ameaças, feitas através de rede social, constituem uma coisa totalmente planejada, organizada para agredi-lo enquanto deputado. Chegou a insinuar que sabe de onde procedem as ameaças, mas não mencionou nomes. “Criaram uma estrutura na rede social para me agredir durante toda a semana, com diversas ameaças de morte. Essa organização busca, através da intimidação e da ameaça, querer vencer os debates que não se consegue vencer no voto”, desabafou o parlamentar.
De acordo com o dirigente da Casa de Epitácio Pessoa, o seu posicionamento em torno do projeto aprovado recentemente na Casa, de iniciativa do Executivo, beneficiando policiais militares, foi transparente e “de consciência”. Salientou que algumas emendas foram rejeitadas por criarem despesas para o Executivo, o que é inconstitucional e cria problemas para a própria Assembleia Legislativa. “Nós não temos prerrogativa para aumentar despesa de outros poderes. E o que se faz é criar fake news para tentar atingir deputados”, esclareceu Galdino. Lembrando que procurou atuar como mediador no conflito entre categorias de policiais e o governo do Estado, inclusive, participando de reunião para situar a colaboração que a Assembleia poderia oferecer, Galdino deplorou “a forma de se fazer política jogando uma tropa contra o Poder Legislativa e querendo disseminar o ódio e a violência contra a Casa do Povo”.