Repercute nos meios políticos paraibanos a declaração feita pelo governador João Azevêdo (PSB), ontem, de que não haverá espaço na chapa majoritária que ele vai comandar para políticos que não estejam comprometidos com o projeto de eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A expectativa, agora, é quanto ao posicionamento dos deputados federais Efraim Filho (União Brasil) e Aguinaldo Ribeiro (PP), que cortejam o apoio de João Azevêdo como pré-candidatos ao Senado. Efraim tem uma posição histórica de oposição ao PT na Paraíba e no plano nacional, embora não seja considerado um “bolsonarista radical”. Seu pai, Efraim Morais, que é secretário do governo estadual, esteve na linha de frente da oposição aos dois governos Lula quando exerceu o mandato de senador a partir de 2003.
Já o deputado federal Aguinaldo Ribeiro, embora vinculado a um grupo econômico influente no Estado, chegou a ter ligações com os petistas no governo de Dilma Rousseff, exercendo o ministério das Cidades. Aguinaldo, entretanto, votou como deputado pela admissibilidade do processo de impeachment da ex-presidente, que acabou afastada do cargo em 2016. No atual cenário político paraibano, João Azevêdo disputa com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) a preferência como candidato de Lula ao governo do Estado. Foi com esse objetivo que ele migrou do Cidadania para o PSB, fazendo o caminho de volta à legenda pela qual concorreu em 2018. Até o momento, Azevêdo não deu qualquer pista sobre eventuais nomes para vice-governador e senador na chapa que vai liderar.