Durante discurso no seu retorno formal ao Partido dos Trabalhadores, que ocorreu ontem, o deputado estadual Jeová Campos afirmou que “na realidade, não saí do PT, pedi uma licença temporária” para acompanhar o ex-governador Ricardo Coutinho. “Vou fazer uma autocrítica: não era para ter pedido a licença, era para ter ficado e defender o que sempre defendi. Mas quis o destino que eu fizesse esse pedido de férias, que terminam hoje com a minha filiação, com a certeza de que é um dia muito especial para mim”, salientou, acrescentando que a data marcou o seu reencontro consigo mesmo e a certeza de que “venceremos com o presidente Lula”.
Lembrou que sua história com o Partido dos Trabalhadores começou quando ele tinha 16 anos de idade e encontrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Aquele jovem operário que lutava para a criação de um partido político me chamou a atenção porque ele tinha uma mensagem que mexia profundamente com meu sofrimento, com minha história de vida, porque na roça eu só tinha o caminho da esperança e pela Educação”. O parlamentar é militante do PT desde 1980, tendo se filiado em 1988, nele permanecendo atgé 2013, quando foi para o PSB. Jeová reiterou que aquele encontro com Lula “permanece vivo até hoje”.
E complementou: “O PT sempre andou comigo. Tanto isso é verdade que os debates que travei dentro e fora da Assembleia Legislativa da Paraíba sempre foram pautados por questões democráticas, contra o impeachment de Dilma Rousseff, a prisão arbitrária de Lula e contra o bolsonarismo. Eu não abri mão de um centímetro de minhas convicções, sempre lutei e lutarei contra injustiças, em favor da democracia, dos menos favorecidos, dos trabalhadores. Não posso nem devo esquecer de minhas origens”. O deputado reforçou o que já havia deixado claro e tornado público: que não será candidato nas próximas eleições. “Mas isso não me afastará das ruas e da luta. Continuarei como militante político firme”, prometeu.