O presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar da Costa Neto, que ontem presidiu a solenidade de filiação de mais de 20 pré-candidatos à legenda em Brasília, anunciou a criação pelo PL de uma frente parlamentar de 27 candidatos à Câmara, um em cada Estado, com potencial de atrair votos à legenda. Na Paraíba, um dos representantes apoiados pela cúpula nacional do partido é o deputado estadual Cabo Gilberto Silva, que se define como “bolsonarista-raiz”, e que já comunicou sua postulação a deputado federal para defender pautas afinadas com as ideias do presidente da República. Um filho do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também disputará mandato eletivo.
O grupo está sendo formado, com base nos quesitos de popularidade e, principalmente, lealdade a Bolsonaro. A ideia é evitar “traições” ao longo do mandato, de acordo com os bolsonaristas. O presidente Valdemar Costa Neto cobrou fidelidade ao presidente, afirmando: “O eleitor do Bolsonaro é fiel e, aconteça o que acontecer, o resultado vai vir. Por isso, nós temos que ser fiéis a Bolsonaro, fazer tudo que ele pede, tudo que ele precisa”, disse Costa Neto. O presidente da República comemorou o crescimento da sigla, que deve ultrapassar a marca de 60 deputados ao final da janela partidária em abril. “Nunca pensei que nós íamos chegar ao número que estamos chegando”, confessou.
A idealizadora do grupo, deputada Carla Zambelli, do PL-SP, afirmou que a lista de 27 postulantes à Câmara ainda não está completa e que cerca de dez potenciais candidatos foram descartados por falta de garantias de que não abandonarão Bolsonaro nos próximos anos. Até o momento, vinte e dois nomes estão confirmados. “Estamos terminando de fechar a lista porque estamos peneirando bastante estes nomes. O nome da frente é lealdade acima de tudo. Então, a gente está vendo se as pessoas apoiam o presidente desde a campanha de 2018, tomando todos os cuidados”, disse. Costa Neto enalteceu Bolsonaro e citou o fato de ambos terem sido contemporâneos no Congresso. “Eu fico pensando na sorte que nós tivemos de poder recebê-lo nesse partido. Eu passei 30 anos no Congresso, cheguei junto com o Bolsonaro em 1991”, relembrou.