Nonato Guedes
O deputado federal Gervásio Maia, presidente estadual do PSB, participou, juntamente com o governador da Paraíba, João Azevêdo, da solenidade de filiação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao Partido Socialista, em Brasília. Para Gervásio, a filiação de Alckmin traz um sopro de esperança para o Brasil. “É hora de somar forças para derrotar o bolsonarismo. O PT e PSB são partidos com trajetórias semelhantes na luta pela democracia, igualdade e defesa dos direitos. A chegada de Geraldo Alckmin fortalece nosso campo e nos traz esperança de dias melhores”, pontuou.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que a filiação de Alckmin representa a luta da “democracia contra a barbárie”. E acrescentou: “Trata-se de uma disputa entre civilização e barbárie, entre manter o país em condições inaceitáveis no âmbito político, econômico e social ou tirar o país da viela da história”. Para isso, adiantou, as forças progressistas terão e estão tendo “a largueza e compreensão de estar à altura do momento político do país”. A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, também prestigiou o evento. Alckmin está sendo cotado como provável candidato a vice-presidente da República na chapa de coalizão a ser encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em seu discurso de filiação ao PSB, o ex-tucano Geraldo Alckmin afirmou que Lula “representa a própria democracia e o sentimento de esperança do povo brasileiro”. Ele cumprimentou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e o partido, pela decisão de apoiar Lula para a presidência da República. “É ele. Nós temos que ter os olhos abertos para enxergar, a humildade para entender que ele é hoje aquele que melhor reflete e interpreta o sentimento de esperança do povo brasileiro”, enfatizou Geraldo Alckmin. Lembrou que Lula é fruto da democracia. “Ele não chegaria lá, na Presidência, do berço humilde que sempre foi, se não fosse o processo democrático”, continuou.
O ex-governador paulista também lembrou em discurso que enfrentou Lula nas eleições de 2006. Ele afirma que, mesmo com divergências, os dois nunca colocaram em questão a democracia. Naquele ano, Alckmin foi derrotado pelo petista no segundo turno e teve o PT na oposição nos quatro mandatos em que governou São Paulo. “Alguns podem estranhar. Eu disputei com o presidente Lula a eleição em 2006 e fomos para o segundo turno, mas nunca colocamos em risco a questão democrática. O debate era de outro nível, nunca se questionou a democracia”, ponderou. Em coletiva de imprensa, Geraldo comentou sobre como iria colaborar na campanha e em um possível mandato. Ele afirma que está ciente dos limites da competência e da responsabilidade da tarefa de vice-presidente, mas que sua disposição é ajudar. “As tarefas não são fáceis, mas Lula tem pé no chão”, explicou Alckmin.