No transcurso, hoje, do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o deputado federal paraibano Patrick Dorneles (PSC) defendeu a criação de Centros de Referência para autistas que possam atender pessoas situadas dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares. Afirmou que o TEA afeta cerca de 1% da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde. O número de meninos afetados é quatro vezes maior que o de meninas. No Brasil, estima-se que existem dois milhões de pessoas com autismo.
“A falta de uma assistência especializada e a ausência de apoio aos pais e mães de pessoas autistas é o principal desafio ainda a ser superado no Brasil. As famílias que não podem custear terapias que melhorem a qualidade de vida das crianças, adolescentes e adultos com TEA carecem de um espaço que possa oferecer acompanhamento multidisciplinar. O Brasil é imenso e em muitos lugares praticamente ainda inexiste tratamento especializado”, ressaltou. Um grande problema, na opinião de Patrick, é a falta de apoio e assistência, também, aos pais e mães de pessoas autistas.
Lembra que, em muitos casos, essas pessoas enfrentam praticamente sozinhas os desafios do cotidiano, sem rede de apoio ou compreensão na esfera familiar e social. “Principalmente as mães de autistas, que enfrentam quase sozinhas o diagnóstico e o dia a dia em busca de assistência aos seus filhos. Muitas deixam de trabalhar e enfrentam ainda dificuldades financeiras”, prosseguiu. O deputado lembrou que este ano um grande avanço acontecerá no Brasil com a realização do Censo Demográfico Populacional. Pela primeira vez, o autismo vai entrar no radar das estatísticas como forma de mapear quantas pessoas vivem com o transtorno e quantas podem ter, mas ainda não tiveram diagnóstico.
A partir de primeiro de agosto, recenseadores do IBGE visitarão 78 milhões de lares brasileiros para aplicarem os questionários básicos do Censo Demográfico 2022. No entanto, famílias de cerca de oito milhões de domicílios serão perguntadas também sobre o questionário de amostra, com 77 questões. “O governo federal tem tido muita sensibilidade com o tema e a realização do Censo com esse recorte específico para as pessoas com TEA é um avanço histórico. Só assim, será possível traçar um panorama sobre o autismo na população brasileira e ajudar na elaboração de políticas públicas”, acentuou.