O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 6, que não se envolve em campanhas eleitorais nos Estados para não ficar “maluco”. Afirmou que é “impossível” fazer seu trabalho e negociar sobre bancadas estaduais. “Eu não entro em campanha de Estado nenhum. Eu fico maluco se eu começar a apoiar um aqui e outra lá”, disse para apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. Deu a declaração depois de ouvir de um apoiador não identificado a intenção de se candidatar nas eleições de 2022.
Apesar da fala, o presidente tem apoiado as candidaturas de ex-ministros nos Estados, principalmente a de Tarcísio de Freitas (PL), que disputará o governo de São Paulo contra Rodrigo Garcia (PSDB), atual governador do Estado. Bolsonaro também já anunciou apoio à candidatura do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, Anderson Ferreira (PL) na disputa para o governo do Estado. Em relação à Paraíba, o presidente da República deixou-se fotografar com o pré-candidato ao governo, comunicador Nilvan Ferreira, que trocou o PTB pelo PL, e com o pré-candidato ao Senado, Bruno Roberto, filho do deputado federal Wellington Roberto, presidente do diretório estadual do partido bolsonarista. Um ex-assessor palaciano, o paraibano Tércio Arnaud, também é candidato – a suplente de senador na chapa de Bruno Roberto, e teve apoio declarado pelo presidente.
“Por que eu não entro em campanha? Senão, não trabalho, não consigo produzir nada para o Brasil. Imagine eu ficar negociando em cada Estado bancada. É difícil da minha parte, é impossível fazer isso aí”, disse Bolsonaro. Em resposta ao apoiador, o presidente também recomendou que começasse a carreira política como vereador. “Com todo respeito a você, tem que amadurecer um pouquinho mais para falar em campanha. Ainda mais agora que diminuiu bastante o número de candidatos. A barra é pesada”, adiantou. Bolsonaro disputará a reeleição e lançou sua pré-candidatura em evento do PL em 27 de março. O presidente ainda não formalizou quem será o vice em sua chapa, apesar de ter indicado ter escolhido o agora ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto.