Em entrevista, hoje, a influenciadores digitais e membros da chamada mídia independente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato a presidente da República pelo PT, respondeu a uma pergunta sobre seu posicionamento na Paraíba, diante da diversidade de pré-candidatos ao governo que são apoiadores da sua postulação. O líder petista qualificou essa diversidade como “um problema bom” no Estado, citando nominalmente a vice-governadora Lígia Feliciano, do PDT, o governador João Azevêdo, do PSB, o senador Veneziano Vital do Rêgo, do MDB, e o ex-governador Ricardo Coutinho, do PT. Coutinho é pré-candidato a senador em aliança com a candidatura de Veneziano.
“Na Paraíba há um bom problema. Um técnico da seleção tem um bom problema quando tem muito jogador bom. Na Paraíba, eu estou feliz com a minha situação porque muita gente boa quer trabalhar conosco, querendo fazer aliança. Eu não recuso voto”, enfatizou Lula. E, na sequência: “Vou tentar ir na Paraíba, preciso ir na Paraíba conversar com todo mundo. Não tenho veto a ninguém. Sou amigo da Lígia, conheço menos o governador (João), mas ele entrou no PSB, sou amigo de Veneziano, sou amigo de Ricardo. Quero chegar na Paraíba e conversar com todo mundo. Se for preciso pedir apoio para todo mundo, vou pedir. O que importa é ganhar”, salientou.
A disputa maior pelo apoio de Lula na Paraíba se dá entre o governador João Azevêdo, do PSB, que tentará a reeleição, e o seu ex-aliado, o senador Veneziano Vital do Rêgo, do MDB, vice-presidente do Senado Federal. O PT local, porém, está dividido, com uma ala expressiva manifestando apoio à pré-candidatura de João Azevêdo a um novo mandato. Lula não anunciou, ainda, a data para visita ao Estado. O seu interlocutor mais frequente tem sido o senador Veneziano Vital do Rêgo, que ainda recentemente participou de jantar em companhia de Lula e de outros expoentes da bancada emedebista. Veneziano chegou a afirmar que se considera “candidato” de Lula na Paraíba. De sua parte, o governador João Azevêdo não demonstra preocupação com exclusividade de palanques para a disputa presidencial.