O senador Veneziano Vital do Rêgo, pré-candidato ao governo da Paraíba pelo MDB, posicionou-se contrário à privatização da Cagepa, empresa estatal de abastecimento de água e saneamento, durante entrevista concedida à imprensa de Campina Grande. No seu ponto de vista, uma privatização da empresa prejudicaria, principalmente, as pequenas cidades do território paraibano. Reafirmou o compromisso de que, se eleito, não irá privatizar a Cagepa, mas, sim, procurar fortalecê-la para melhor prestação de serviços à população. “A Cagepa precisa ser fortalecida e valorizada”, ressaltou Veneziano, embora tenha defendido algumas parcerias público-privadas para oferecer melhorias em alguns setores.
De acordo com o senador emedebista, a Companhia de Águas e Esgotos é superavitária e pode melhorar para desenvolver um serviço de excelência, voltado à população do Estado como um todo, sobretudo nas pequenas localidades. “O MDB acha que entregar o patrimônio público irá resolver os problemas de esgotamento sanitário e de abastecimento? Claro que não! Pergunte qual é a segurança que um município pequeno terá, na manutenção dos seus serviços de abastecimento de água, por uma empresa privada. Tem candidato que há mais de dez anos tem o desejo de se desfazer da Cagepa”, pontuou Veneziano.
Em outro trecho da entrevista, o pré-candidato do MDB ao governo disse que, da mesma forma como se posicionou contra a privatização da Eletrobras, também é contra a privatização da Cagepa. “O que precisamos é de mais investimentos na empresa com vistas à melhoria dos seus serviços. Precisamos é fortalecer a empresa, isso sim”. Além desse tema, Veneziano tratou sobre geração de emprego e renda, valorização do turismo no Sertão, desenvolvimento para o setor industrial, melhorias para a saúde, entre outros. O tema da privatização da Cagepa voltou a ser agitado nos meios políticos depois que o prefeito de Santa Rita, Emerson Panta (PP), rescindiu o contrato com a Cagepa e anunciou a contratação de uma empresa privada para executar os serviços, o que provocou contestação, na Justiça, pelo governo do Estado.