A deputada estadual Camila Toscano (PSDB) considerou alarmante a informação de que o mês de abril foi o mais violento deste ano para as mulheres paraibanas. Citando dados da Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social, que mostram que o número de feminicídios aumentou 100% no território paraibano em comparação com o mesmo período do ano passado, a deputada defendeu a formulação de políticas públicas, punições mais efetivas e educação como forma de evitar a violência e o assassinato de mulheres. Onze mulheres foram vítimas de homicídio doloso no mês de abril.
– Nossa sociedade é machista e a mulher, vítima de violência, muitas vezes ainda é vista como “culpada”. Precisamos mudar essa mentalidade através da educação e também com mecanismos que contribuam para punir os agressores e proteger as mulheres. Não podemos admitir que ainda tenhamos tantas mortes de mulheres, pelo simples fato de serem mulheres. Temos que dar um basta nisso – enfatizou Camila. Conforme os dados da Segurança Pública, 83 mulheres foram mortas vítimas de crimes letais intencionais na Paraíba, de janeiro a dezembro de 2021. Desse total, 30 casos estão sendo investigados como feminicídio.
O número representa um percentual de 36% no número de feminicídios com relação aos assassinatos de mulheres e uma média de duas mulheres assassinadas a cada mês de 2021 por questões de gênero. Camila lembrou que ao longo do seu mandato tem concentrado esforços para contribuir com a redução dos índices de violência contra a mulher. A lei 11.594/19, de sua autoria, que implementa o Sistema Integrado de Informações de Violência contra a Mulher na Paraíba – Observa Mulher Paraíba é um exemplo. A iniciativa consolida em um único lugar todas as informações que envolvam crimes de violência doméstica e sexual praticados contra as mulheres e feminicídio cometidos no Estado, facilitando, assim, a localização de foragidos, identificação dos que precisam obedecer medidas protetivas e histórico dos agressores e vítimas. Outras leis de sua autoria sinalizam na direção da prevenção e da repressão a casos concretos de feminicídio, segundo explicou.