A proposta feita pelo Pastor Sérgio Queiroz (PRTB) para a retirada da pré-candidatura de Bruno Roberto (PL) ao Senado em nome da suposta unificação da direita conservadora e bolsonarista na Paraíba causou reação por parte do deputado federal Wellington Roberto, pai de Bruno, que acusou o Pastor de ser um “falso profeta” e de querer “fomentar o ódio”. Wellington é presidente do diretório estadual do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e seu filho já recebeu o apoio declarado do mandatário nas eleições deste ano, compondo a chapa do comunicador Nilvan Ferreira, que é pré-candidato ao governo do Estado, também pelo PL.
O Pastor Sérgio Queiroz, em manifestação que repercutiu bastante nos meios políticos, propôs a retirada de Bruno Roberto, com seu remanejamento para o cargo de vice-governador na chapa de Nilvan Ferreira, enquanto o expoente do PRTB concorreria ao Senado. “A nossa chapa está consolidada”, advertiu o deputado Wellington Roberto, visivelmente irritado com a sugestão. Ele disse que Sérgio Queiroz não vai prosperar como pré-candidato porque não tem condições de formar uma chapa competitiva. “Quem vai querer ser suplente dele? Sérgio é filiado a um partido nanico, que não tem força na realidade local. Em nosso grupo não há espaço para “desagregador”, acrescentou.
Na tréplica, Sérgio Queiroz, que ocupou cargo influente no governo do presidente Jair Bolsonaro, à frente da Secretaria de Modernização, afirmou: “Se, diante de um convite que fiz para a unidade do PL com meu partido sou chamado de falso profeta e desagregador por Wellington Roberto, restou claro que o nobre deputado se sente dono do movimento de restauração da Paraíba. Mas terá que convencer o povo. De minha parte, seguirei firme”. Além disso, acredita que “por ter menosprezado o PRTB, chamando-o de partido nanico, ou seja, sem dinheiro do fundão”, Wellington “não sabe que só me deu combustível para lutar, assim como Davi lutou contra Golias. A Paraíba conhecerá um guerreiro que só se dobra diante de Deus”.