Nonato Guedes
Durante audiência com representantes do Fórum da Diversidade Religiosa, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, recebeu uma carta aos parlamentares com a proposta de um debate sobre o aumento do número de casos de intolerância religiosa no Estado e se comprometeu a pautar a discussão no plenário da Casa de Epitácio Pessoa. “Vamos marcar uma audiência pública para discutir o tema, pois é de fundamental importância que tenhamos uma sociedade mais justa. Vamos contribuir com esse debate, que tem tudo a ver com respeito, com a liberdade humana e que nos torna mais solidário e justo”, frisou Adriano, que se fez acompanhar do deputado Raniery Paulino.
No documento, os líderes religiosos afirmam que os casos de intolerância religiosa cresceram em mais de 600% na Paraíba e demonstraram preocupação com o feômeno. A carta solicita medidas para promover e incentivar o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais de todos os indivíduos e grupos, sem distinção de raça, cor, religião, ascendência ou origem nacional ou étnica. Galdino ouviu atentamente o pleito dos representantes dos segmentos religiosos e informou que vai apresentar a carta em plenário para conhecimento de todos os parlamentares. “A Assembleia, certamente, vai se sensibilizar e se posicionar diante da gravidade do assunto”, expressou o dirigente. O grupo ressaltou que a carta deve entrar em vigor automaticamente após a apresentação no Poder Legislativo.
De acordo com o coordenador do Fórum Paraibano de Diversidade Religiosa, Saulo Gimenez, a carta foi construída ao longo de diversas audiências públicas realizadas por eles. “Estamos preocupados com o aumento de casos de intolerância e por isso estamos juntando forças para pautar a problemática, mas, também, demandas específicas como o ensino religioso, melhorias éticas e raciais, entre outros temas. Queremos mostrar nossa preocupação”, disse Saulo. Participaram líderes religiosos de várias cidades do Estado, a exemplo de Pilar, Campina Grande, Puxinanã, Conde, João Pessoa.