A senadora Simone Tebet foi oficializada como candidata à Presidência da República pelo MDB para as eleições deste ano. A votação para formalizar a senadora como candidata ocorreu ontem em uma convenção virtual do partido. A formalização do nome de Tebet ocorre em meio a uma divisão dentro do MDB. O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, negou ação apresentada por uma ala do partido ligada ao senador Renan Calheiros (AL) contra a realização da convenção. O grupo de emedebistas favorável ao adiamento da convenção partidária é contra o lançamento de uma candidatura própria e tem indicado apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que hoje lidera a maioria das pesquisas com intenção de voto.
Segundo essa ala do MDB, a votação virtual do partido “coloca em risco a legitimidade das escolhas” e representa “grave risco de escolha antidemocrática entre filiados, haja vista a possibilidade de culminar no afastamento de pré-candidatos que desejariam disputar o pleito no direcionamento dos votos e opiniões dos filiados e, ainda, no receio quanto a possíveis represálias da cúpula partidária. Nas últimas horas o senador Tasso Jereissati (PSDB) desistiu de ser vice na chapa de Tebet. O senador é um grande defensor do nome dela para a Presidência, mas estaria indisposto a concorrer no pleito, abrindo mão, também, de uma eventual reeleição ao Senado.
Unidos em uma federação partidária, PSDB e Cidadania aprovaram por unanimidade o apoio à candidatura de Tebet. A senadora, que estava na convenção do MDB, fez uma breve participação de forma virtual no encontro de seus apoiadores. Com a indefinição sobre o lançamento de Jereissati, nomes de duas senadoras passaram a ser cogitados: Eliziane Gama (Cidadania) e Mara Gabrili (PSDB). Segundo o presidente do PSDB, Bruno Araújo, o nome de vice será definido até a data limite, em agosto.