No discurso que pronunciou ao tomar posse, ontem, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes defendeu as urnas eletrônicas, disse que a eleição constitui motivo de “orgulho nacional” e foi aplaudido de pé pelos convidados e outras pessoas presentes. O presidente Jair Bolsonaro (PL), um crítico do sistema eleitoral brasileiro, e quatro ex-presidentes da República do Brasil – José Sarney, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer, estavam na plateia. O presidente Bolsonaro sentou-se ao lado do ministro Edson Fachin, que abriu a cerimônia antes de passar o cargo a Alexandre de Moraes.
Alexandre de Moraes foi aplaudido em outros momentos como quando criticou a disseminação de informações falsas (fake news) e afirmou que liberdade de expressão não é “liberdade de destruição da democracia”. Entre os principais pontos da fala do novo presidente do TSE estavam: defesa da urna eletrônica e do sistema eleitoral, defesa da democracia como único regime político em que o poder emana do povo, diferenciação entre liberdade de expressão e liberdade de destruição da democracia, crítica às fake news e desinformação e crítica ao discurso do ódio. Logo no início de sua fala, o novo presidente citou a agilidade do sistema eletrônico e a confiança da população no processo eleitoral. Ele afirmou que o resultado das eleições é conhecido no mesmo dia da votação.
– Somos uma das maiores democracias do mundo em termos de voto popular, estando entre as quatro maiores democracias do mundo. Mas somos a única democracia do mundo que apura e divulga os resultados eleitorais no mesmo dia. Com agilidade, segurança, competência e transparência. Isso é motivo de orgulho nacional – enfatizou o dirigente do TSE. Nesse momento, os convidados se levantaram para aplaudi-lo. Estiveram presentes ainda o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, demais ministros do STF, outros deputados e senadores e 22 governadores. A posse de Moraes ganhou nos últimos dias caráter de reafirmação da democracia e de defesa do sistema eleitoral do país diante dos ataques sem provas de Bolsonaro às urnas eletrônicas.