A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, participou, ontem, do programa “Hora do Voto”, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo e, perante uma plateia de advogados, defendeu o Estado Democrático de Direito, que avaliou estar atualmente sob constante ameaça. Ao responder perguntas de advogados, disse que apesar de ter sido reeleita quando prefeita, hoje vê a reeleição como “o maior problema do Brasil”, já que propicia “negociatas e escândalos de corrupção”. Neste sentido, garantiu que se eleita vai propor o fim dessa possibilidade.
Simone Tebet também criticou o chamado orçamento secreto e prometeu dar transparência absoluta às contas públicas. “Se eu for eleita presidente, com uma caneta como esta, eu dou transparência ao orçamento secreto. Eu baixo um ato normativo exigindo que todos os ministros de Estado deem transparência absoluta nas contas públicas do orçamento. No primeiro dia ele vai dizer quem é o parlamentar que mandou recurso, para onde mandou esse recurso, para ver se lá na ponta esse dinheiro chegou”, ressaltou Tebet.
A postulante foi cobrada a respeito do que pensa sobre a pena disciplinar para juízes que abusam da autoridade e que violam prerrogativas dos advogados. Conforme a OAB, atualmente não há nenhum tipo de controle para este abuso. “Estarei sancionando qualquer medida, qualquer lei aprovada pelo Congresso Nacional que de alguma forma restrinja excessos de integrantes de qualquer autoridade de qualquer poder no Brasil, seja Executivo, legislativo ou Judiciário”, prometeu Tebet. A presidenciável emedebista defendeu ainda um fortalecimento do Ministério das Relações Exteriores e explicou que o objetivo é vender para o exterior uma imagem positiva do Brasil. Nesse sentido, adiantou que se eleita vai escolher para chefiar a pasta um diplomata de carreira. Tebet também falou da importância de um governo inclusivo e garantiu que sua equipe ministerial terá 50% de homens e 50% de mulheres, também com representantes negros.
– Ainda em relação a esse governo inclusivo, nós teremos uma política nacional de equidade, ético, étnico-racial. Nós vamos estar combatendo todos os dias o racismo estrutural e o racismo institucional no Brasil – salientou a candidata.