Na reta final para as eleições de presidente da República no primeiro turno, o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu para os eleitores e a militância ficarem “alertas com as mentiras nos zaps” a duas semanas da eleição. Discursando em Porto Alegre durante evento de campanha, Lula foi enfático: “Gente, só faltam 16 dias. Daqui para a frente, a gente tem que ficar alerta com as mentiras noz zaps (WhatsApp). A gente precisa ficar alerta com fake news”, citando um dos problemas do pleito de 2018, vencido pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que este ano é seu principal adversário na disputa.
Lula foi didático: “A gente tem que ficar alerta com as mensagens e não deixar passar nenhuma mentira. E assim a gente vai poder, no dia dois de outubro, resolver o nosso problema com a história deste país. Eu tenho certeza que nós temos condições de ganhar”. Em 2018, o candidato lançado pelo Partido dos Trabalhadores foi Fernando Haddad, que disputou o segundo turno com Bolsonaro e perdeu e que este ano é candidato ao governo de São Paulo, figurando na liderança das pesquisas. O discurso de Lula em Porto Alegre durou cerca de 30 minutos e o petista voltou a chamar o presidente Jair Bolsonaro de genocida.
Lula também lembrou da violência política e dos assassinatos de dois apoiadores petistas nesta campanha: Marcelo Arruda e Benedito Cardoso dos Santos. “Quero que cada mulher tenha a certeza de que não vai perder o filho para bala perdida. A gente tem um genocida que tem prazer em fazer decreto para arma quando deveria fazer decreto para liberar livro”, disse o candidato. Lula ainda criticou a campanha de Bolsonaro, que chama o petista de “ladrão” e lembrou da apuração do UOL sobre a compra dos 51 imóveis do clã Bolsonaro. A ex-presidente Dilma Rousseff criticou o presidente também no evento de Porto Alegre, qualificando-o como “o pior presidente do mundo”.