Ao participar de um encontro com trabalhadores e trabalhadoras dos serviços de saneamento básico da Paraíba, ontem, em Campina Grande, na sede do STIUPB, o candidato a governador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) assinou uma carta de compromissos dos membros do sindicato, assegurando que, se for eleito, não privatizará a Cagepa. A carta evidencia alguns pontos importantes como revisão das tarifas de água e esgoto, com metodologia definida a partir de audiências e consultas públicas, garantia ao acesso aos serviços de água e esgoto à população carente, com ampliação do Programa de Tarifa Social, além da implantação de uma política de gestão de pessoas, que promova a valorização do empregado, garantindo eficiência operacional e satisfação da população, entre outros aspectos.
Com o auditório tomado por urbanitários de toda a Paraíba, o evento foi iniciado foi a fala do presidente do Sindicato dos Urbanitários do Estado, Wilton Maia, que destacou as lutas da entidade em defesa do saneamento público e das empresas públicas. Ele agradeceu ao candidato por ter reservado um espaço na sua agenda de campanha para assinar o termo no sindicato. Durante a fala de Wilton foram exibidos alguns vídeos, publicados na rede social do Sindicato, os quais provam que o governo da Paraíba, na atual gestão, tem compromissos com a privatização da Cagepa ao colocar a empresa no balcão de negócios do BNDES. O governador João Azevêdo tem rebatido que a abertura do governo a parcerias públicas-privadas não implica em privatização de estatais.
“Não convidamos os demais candidatos porque já sabemos da cartilha privatista de cada um deles, notadamente João Azevêdo, Pedro Cunha Lima e Nilvan Ferreira”, afirmou Wilton Maia. O candidato a governador Veneziano Vital do Rêgo declarou que a Cagepa, responsável pela gestão hídrica e de esgotamento sanitário de grande parte dos municípios da Paraíba, vai permanecer pública na sua gestão. Veneziano assegurou que vai descentralizar o desenvolvimento regional que, segundo ele, precisa ser expandido para as regiões do Cariri, do Curimataú e do Seridó, por exemplo. Dessa forma, essas regiões terão uma gestão racional do uso da água. Para as demais áreas, “recursos não deixarão de ser postos em acessibilidade. Eu só não vou, como governador do Estado, me permitir perder o controle da companhia. Ela vai permanecer pública”, enfatizou Veneziano.