A deputada estadual Camila Toscano (PSDB) encaminhou pedido de informações ao governo do Estado sobre o número de mamografias realizadas nos últimos anos. Ela também questionou o Executivo sobre o que vem sendo feito para reverter o grave problema das mulheres que deixaram de fazer o exame decisivo para diagnóstico precoce e cura do câncer. Informou que, este ano, 66.280 mulheres vão descobrir que têm câncer de mama, segundo o Instituto Nacional de Câncer e que este tipo de doença é também a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil.
Apesar da gravidade e a importância do diagnóstico precoce, durante a pandemia da covid-19, houve uma queda de 42% no número de mamografias – destacou a deputada, que foi reeleita no último domingo à Assembleia Legislativa. Camila também apresentou na Assembleia Legislativa propositura para que seja criado um programa emergencial para realização de mamografias, tanto no viés da conscientização das mulheres acima de 40 anos, para que procurem os meios existentes e disponíveis na rede estadual de saúde, quanto na realização da demanda espontânea represada.
De acordo com a deputada, a Sociedade Brasileira de Mastologia está alertando sobre o impacto que o isolamento social causou no rastreamento periódico das mulheres, bem como no tratamento das pacientes de câncer de mama. Estudo da sociedade aponta que o número de mamografias realizadas na pandemia foi 42% menor e que ainda não houve recuperação para os níveis anteriores à pandemia. “Outro dado que preocupa é que 47% das brasileiras deixaram de ir ao ginecologista ou ao mastologista, segundo levantamento realizado pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec). “Então, estamos pedindo informações ao governo e cobrando ações efetivas para salvar vidas de mulheres, pois se detectado no início as chances de cura do câncer de mama são de 90%”, acrescentou.
A deputada afirmou que são frequentes os casos em que as mulheres têm que esperar meses por um exame que pode custar sua vida. “Precisamos repensar a oferta de saúde aos paraibanos para garantir a manutenção da vida”, observou Camila. Para debater problemas e formular políticas públicas para pessoas com câncer, Camila também apresentou na Assembleia Legislativa o pedido de criação da Frente Parlamentar de Combate ao Câncer. A ideia dela é, também, discutir a temática e propor soluções referentes a tratamento e prevenção. A deputada ainda pediu informações à Secretaria Estadual de Saúde sobre o funcionamento de mamógrafos na Paraíba. Destaca que no interior do Estado as mulheres têm dificuldades de realizar o exame porque muitos equipamentos estão quebrados.