O jornalista Heron Cid, que concorreu à Câmara dos Deputados pelo PSB e ficou numa suplência, reforçou o apoio à reeleição do governador João Azevêdo neste segundo turno, mas anunciou que não pretende votar em nenhum dos candidatos que estão no segundo turno presidencial (Luiz Inácio Lula da Silva-PT e Jair Bolsonaro-PL). Eleitor de Ciro Gomes no primeiro turno no âmbito nacional, Heron Cid explicou: “Sempre fui um crítico contundente dessa polarização odiosa e vazia de conteúdo, baseada no fanatismo político, desprovido de lucidez, senso críico e projeto de nação. Sempre torci e preguei outro caminho. Manterei minha coerência. Respeito e compreendo os eleitores de Lula e de Bolsonaro, mas até agora, como milhões de brasileiros, não me sinto convencido de quem um ou outro tirará o Brasil do ambiente do extremismo ideológico para o terreno das soluções práticas. Digo isso com tristeza”, lamentou.
A respeito de João Azevêdo, Heron Cid justificou: “É um homem sério, competente e ponderado. Sua candidatura é o caminho mais correto e responsável para a Paraíba”. Ele pretende retomar as atividades profissionais no jornalismo, à frente de um portal, do blog que tem o seu nome e do programa Hora H, na RedeMais, que conecta 25 emissoras em todo o Estado. Em paralelo, o ex-candidato anunciou o propósito de criar um Fórum Estadual de Formação e Renovação Política para incentivar a participação de novos agentes na vida pública. Entusiasta de um movimento de renovação, ele disse que teve o tema como principal bandeira de sua primeira candidatura à Câmara Federal. Mesmo fora do processo eleitoral, dará continuidade a essa luta.
Heron Cid agradeceu pelos 8.544 votos obtidos no pleito e se disse encorajado a continuar defendendo a renovação política na Paraíba e no Brasil. “Em todo esse processo percebi que essa é uma necessidade da nossa sociedade e assumo este compromisso cidadão, depois de dialogar e ouvir tantas pessoas. Independentemente da eleição, essa é uma contribuição minha: partilhar e incentivar mais pessoas com perfil fora do padrão tradicional a participarem da política”, finalizou. As eleições deste ano, conforme ele, produziram uma das menores taxas de renovação política no Legislativo nos últimos anos. Menos de 40% do Congresso foi renovado, o que demonstra, na opinião de Heron, o efeito do bilionário orçamento secreto, usado como moeda de troca para apoios e adesões.