Depois de dedicarem os primeiros dias do segundo turno à costura de alianças, os candidatos a presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomam, hoje, os atos de campanha com agendas distintas. As primeiras agendas de ambos ocorrem no Sudeste, foco do esforço dos candidatos na busca por votos na rodada decisiva. As equipes de Lula e Bolsonaro afirmam que não ficaram contentes com os resultados obtidos na região no domingo, segundo informa o UOL.
Primeiro lugar na votação do primeiro turno, Lula participa de uma caminhada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, seu berço político. Já Bolsonaro vai a Minas Gerais, Estado que é prioridade de sua estratégia para o segundo turno, para um encontro com empresários. Na intenção de mostrar prestígio político, o presidente faz-se acompanhar de governadores que lhe declararam apoio. Ele chega a Belo Horizonte ostentando o apoio do governador mineiro Romeu Zema, do Novo, reeleito no último domingo. Os governadores de São Paulo, Rodrigo Garcia, do PSDB, e do Estado do Rio, Cláudio Castro (PL) foram convidados a comparecer ao evento. Nesta semana, também está previsto um encontro com prefeitos.
Como líder de sindicato no final dos anos 1970, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou algumas das maiores greves operárias da história do país no ABC paulista. De lá, também articulou a fundação do PT, em 1980, e da CUT – Central Única dos Trabalhadores, em 1983. O evento inaugura um novo momento da campanha petista para este segundo turno. A cúpula lulista definiu que o ex-presidente participe de menos comícios, como fez durante toda a primeira etapa, e aposta mais em modelos híbridos, como caminhadas. A avaliação é que grandes comícios gastam muito dinheiro e falam apenas para militantes. Com caminhadas, por sua vez, eles conseguem atingir,e, consequentemente, mostrar força, para um público que não é exatamente convertido.