O nome do jornalista, cantor e compositor paraibano Chico César circula, juntamente com outros de expressão, nos bastidores do futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o Ministério da Cultura, que deverá ser recriado. A informação é do jornal “O Globo”, acrescentando que o setor cultural, que em grande parte apoiou a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, deve voltar à lista de prioridades do governo federal, depois de ter sido completamente marginalizado no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O jornal lembra que Chico César foi secretário de Cultura da Paraíba no governo de Ricardo Coutinho (PT). Ele ocupou, também, a Pasta da Cultura na prefeitura municipal de João Pessoa quando Ricardo foi prefeito de João Pessoa. Nas eleições deste ano, Coutinho foi candidato ao Senado mesmo enfrentando ameaça de inelegibilidade por causa de processos e ações na Justiça e acabou ficando em terceiro lugar na disputa, abaixo da deputada estadual Pollyanna Dutra, do PSB, e do vitorioso, Efraim Filho, do União Brasil. O então candidato Lula pediu votos abertamente para Ricardo Coutinho ao Senado.
Com a recriação do Ministério da Cultura, a transição na área será acompanhada de um levantamento de decretos feitos pelo governo de Jair Bolsonaro, com a possibilidade de que sejam revogados. Entre as prioridades está a discussão da Medida Provisória que adiou o prazo para repasses de recursos previstos pelas leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc. Além de Chico César, são mencionados nomes como o da deputada federal Jandira Feghali, do PCdoB, por sua atuação no processo de discussão das leis relacionadas ao setor, o da cantora Daniela Mercury, que seria o nome favorito da futura primeira-dama, Rosângela da Silva, “Janja”, ao cargo, o de Juca Ferreira, por seu histórico como ex-ministro dos governos petistas e o de Manoel Rangel, que foi diretor-presidente da Ancine, de 2004 a 2017.