“Faltam exatos 55 dias para Lula receber a faixa presidencial, independente de quem a entregue, e assumir a Presidência da República, para recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento, progresso e justiça social”, postou, ontem, o deputado estadual Jeová Campos (PT-PB), indicando a contagem regressiva para investidura do mandatário eleito em segundo turno derrotando o presidente Jair Bolsonaro (PL). Jeová acrescentou: “É bom que se diga que mesmo antes de assumir, já na transição de governo, a equipe do presidente eleito já está trabalhando neste sentido, buscando saídas para um rombo fiscal de R$ 400 bilhões resultante da má gestão de Bolsonaro. O que falarem fora disso é desespero de quem não admite a derrota e tenta dar um golpe na democracia brasileira”.
Jeová, que integrou como primeiro suplente a chapa ao Senado encabeçada pelo ex-governador Ricardo Coutinho e derrotada nas urnas, avaliou, por outro lado, que é preciso que as autoridades sejam mais enérgicas para coibir movimentos antidemocráticos e “neofascistas” que, conforme ele, acontecem desde a divulgação dos resultados das eleições no segundo turno. O parlamentar, que também é advogado, advertiu: “Esses movimentos que se auto intitulam patrióticos e a favor da lei e da ordem, na realidade constituem ações criminosas, antidemocráticas, fascistas e orquestradas pela direita conservadora que não aceita um operário ser eleito, pela terceira vez, para o cargo de presidente”.
Ainda de acordo com Jeová Campos, “é preciso identificar as pessoas que estão financiando essa tentativa de golpe para que elas respondam criminalmente por suas ações”. Frisou que os bloqueios de estradas e avenidas que impediram o ir e vir das pessoas, a disseminação maciça de fake news, os ataques às instituições e aos ministros do STF, as mentiras inventadas em lives patrocinadas sobre uma suposição, sem o menor cabimento e respaldo, sobre a lisura do processo eleitoral, são crimes e alguém está patrocinando tudo isso.
Para o deputado, os brasileiros patriotas, além de respeitar a Constituição, deveriam estar preocupados com o rombo fiscal do atual governo, que não deixou dotação para questões básicas como a manutenção de creches, da Farmácia Popular, nem ao menos para o Auxílio Brasil. “Nem mesmo com uma manobra ilegal e criminosa que permitiu a Bolsonaro comprar votos às vésperas das eleições, por meio de benefícios sociais, a um custo de R$ 41 bilhões a mais do que previa o teto de gastos, nem a operação inexplicável da PRF no dia da eleição, nem a enxurrada de ataques pessoais nas redes sociais ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foram suficientes para impedir a vontade da maioria de querer Lula de volta. “Bolsonaro perdeu nas urnas e está usando uma parcela de seus eleitores para tumultuar o processo democrático, mas não conseguirá. A vitória de Lula é fato consumado”, bradou Jeová.