Nonato Guedes
Em reunião promovida na sua sede, em João Pessoa, ontem (4), o Republicanos pôs um fim a divergências internas e escolheu os deputados Branco Mendes e Adriano Galdino para disputar o comando da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa nos próximos dois biênios que serão instalados a partir de 2023. Branco (Athaydes Mendes) será candidato para o primeiro biênio, em fevereiro, enquanto Adriano foi indicado para concorrer à presidência no segundo biênio. Com a definição tomada, os nomes de consenso vão partir, agora, para dar prsseguimento às articulações necessárias a fim de garantir apoios entre os colegas.
Adriano Galdino é o atual presidente da Casa de Epitácio Pessoa, tendo sido reeleito no período e se destacado por contribuir decisivamente para a governabilidade do Estado na administração de João Azevêdo (PSB). A reunião contou com a participação de deputados estaduais e federais, a exemplo do presidente estadual do Republicanos, Hugo Motta, e do recém-eleito deputado federal Murilo Galdino, irmão de Adriano. Até então, havia uma disputa pela presidência no primeiro biênio entre os deputados estaduais Branco Mendes e Wilson Filho, líder do governo no Poder, ambos do Republicanos. Eles prometiam, porém, acatar a decisão final que fosse tomada.
Branco vinha pedindo aos colegas uma oportunidade para presidir a Assembleia, invocando o seu currículo com vários mandatos exercidos naquela Casa e a correção que sempre demonstrou para com pretensões de colegas de Parlamento. O governador João Azevêdo procurou não interferir diretamente no processo, manifestando a expectativa, porém, de que os deputados da sua base formulassem um consenso. Adriano chegou a ter seu nome cogitado para continuar comandando a ALPB pelos próximos biênios, mas uma decisão do Supremo Tribunal Federal proibindo terceiro mandato consecutivo inviabilizou o movimento. O grupo assegurou votos de 22 deputados, mas, nos bastidores, os comentários sinalizam que esse número poderá chegar a 26. A deliberação já foi comunicada ao governador João Azevêdo, bem como dada ciência ao público em nota oficial.